terça-feira, 17 de janeiro de 2012

“Eu Escolhi Esperar” realiza conferência no Rio de Janeiro

No próximo sábado, 21, cerca de mil jovens estarão na Igreja Congregacional de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, para participarem de um seminário do movimento Eu Escolhi Esperar que prega a virgindade até o casamento. Com apenas oito meses de vida o projeto E já conquistou mais de 80 mil seguidores no Twitter e mais de 220 mil curtidas no Facebook.
Ao longo do ano de 2011 o movimento liderado pelo pastor Nelson Júnior da Igreja de Vitória, no Espírito Santo, conseguiu muito destaque nas mídias sociais atraindo a atenção até mesmo de jovens não-cristãos que concordam com esse objetivo de vida.
Entre eles está a bióloga Samira Yunes, de 27 anos, que mesmo antes de se converter, há três anos, nunca aceitou ter relações com namorados, mesmo tendo ficado com vários rapazes. “Tinha uma vida normal de ficar com caras que nem conhecia direito, mas, graças a Deus, me preservei”, disse a jovem.
Pessoas como Samira que vestiram a camisa da causa também passaram a usar uma pulseira com o lema da campanha, ao contrário das polêmicas pulseirinhas do sexo essa tem apenas um significado: “Todas as cores querem dizer que discordamos da libertinagem antes de casar”, explica o pastor Nelson.
Mas ao contrário do que muitas pessoais imaginam esse movimento não é seguido apenas por evangélicos. “Temos católicos e pessoas que nos seguem só por princípios”, diz o idealizado do Eu Escolhi Esperar.
Entre os seguidores desse lema está o casal Larissa Araújo, de 23 anos, e Nelson Marcelino, de 30, que decidiram se beijar apenas depois do casamento. “Andamos de mãos dadas e trocamos carinhos até um certo limite. Quando sinto vontade, oro ou vou correr na praia”, diz o jovem que não tem vergonha de dizer que ainda é virgem.
Com informações O Globo

Valdemiro Santiago afirma que Jesus Cristo foi criado por Deus, pastor contesta

O apóstolo Valdemiro Santiago escreveu recentemente um texto na página da Igreja Mundial do Poder Deus afirmando que Jesus Cristo foi criado por Deus antes mesmo de Deus criar a Terra e tudo que nela há.
Mas para o pastor Renato Vargens isso é uma heresia antiga chamada de Arianismo.
No texto Santiago afirma “que Jesus já existia muito antes de tudo”. “Muita gente pela tradição da religião, não entende a historia de Jesus. Alguns falam de natal, mas ninguém sabe o dia exato em que Jesus Cristo nasceu. Segundo que Jesus já existia muito antes de tudo. Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo”, diz ele.
Ainda segundo o fundador da IMPD, uma das denominações que mais cresce no país, Jesus foi a primeira criação de Deus. “A primeira obra dele foi Jesus Cristo, não a partir de Maria, que foi obra do Espírito Santo para ser feito carne, antes ele já existia. “Façamos” é no plural, porque Jesus estava com Ele e a palavra que lemos confirma.”
É exatamente essa declaração que o pastor presidente da Igreja Cristã da Aliança contesta, explicando que tal afirmação veio de um professor do início do século 4 d. C., Ário, que afirmava que Jesus fora criado por Deus. “Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em si mesmo”, explica Renato Vargens que classifica tal afirmação como heresia.
Tanto que a Igreja Cristã denunciou tal tese como uma doutrina falsa e por esse motivo o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé cristã. Vargens também pede para que ataques como esse, que ferem a divindade de Cristo sejam combatidos nos dias de hoje.
“Precisamos renegar em nossos dias ataques a divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”, escreve ele.
Leia a mensagem de Valdemiro Santiago aqui e o texto do pastor Renato Vargens aqui.

Hospital proíbe pregação evangélica nas enfermarias e corredores

O Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru (130 km do Recife), proibiu a partir desse mês que evangélicos realizem pregações ou orações nas enfermarias e corredores da unidade. O hospital alega que o som alto das pregações durante a visita a pacientes levou a direção a tomar esta decisão.
A determinação estaria atendendo as reclamações de pacientes e visitantes, que estariam incomodados com o trabalho dos evangélicos no hospital de Pernambuco, que é referência no atendimento. O HRA também alega não haver preconceito ou desrespeito pela religião.
Em nota pública, o diretor do HRA, José Bezerra, disse que respeita todas as religiões, mas explicou que as pessoas que quiserem realizar orações terão de utilizar a capela ecumênica da unidade, que estará aberta a todos os visitantes e pacientes que desejarem orar.
“Sabemos que existem pacientes que necessitam de um apoio, de uma palavra de conforto, e encontram tudo isso na religião. No entanto, nem todos os religiosos que fazem as visitas têm essa intenção. Muitos, além de visitar o seu paciente, acabam chamando atenção dos outros – muitas vezes a contragosto, porque não são da mesma religião, para que escutem o que eles têm a dizer”, diz o comunicado do diretor.
Segundo Bezerra, para que “fatos dessa natureza não voltem acontecer”, a direção decidiu liberar a entrada dos religiosos “apenas para visitas.” “Caso eles desejem realizar algum tipo de pregação ou oração em conjunto, podem se dirigir para a capela ecumênica do hospital, que está aberta para receber integrantes de qualquer religião.”
O presidente da Associação Interreligiosa do Agreste, padre Everaldo Fernandes elogiou a decisão do HRA. “É uma boa oportunidade de fazermos uma releitura sobre essa pregação. Não vejo como intolerância religiosa, mas como uma forma de impor nossos limites, que me parece correto. O hospital deixa claro que quer a contribuição da religião, mas não pode dar espaço ao constrangimento”, afirmou.
O padre também criticou a pregação evangélica nas dependências do hospital e disse que este tema já estaria sendo discutido a algum tempo. “A religião, assim como a medicina, a advocacia ou qualquer outra crença, tem seus limites éticos. E nós precisamos pensar sobre as nossas práticas, que devem ser éticas, respeitando a todos.”
Para o pastor Arnóbio Silva, da Igreja Evangélica Congregacional Vale da Bênção, a decisão é equivocada. “Sou contra. Temos liberdade religiosa no país, e as visitas aos pacientes termina com uma oração. Se havia excessos, caberia orientar as pessoas que fazem a oração, em vez de as proibir”, disse.
(Com informações UOL)