quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A cada dez dias uma nova igreja evangélica é inaugurada na França

A crise econômica na França tem aumentado o número de igrejas neopentecostais naquele país. De acordo com o Conselho Nacional dos Evangélicos da França (CNEF) a cada dez dias uma nova igreja abre as portas, provocando um boom e tornando o neopentecostalismo a  corrente religiosa com o maior número de praticantes.
Para o sociólogo das religiões, sébastien Fath, há uma razão para essas igrejas começarem a crescer no país: “A primeira razão é simplesmente a necessidade de esperança”. Fath é especializado em protestantismo e autor do livro Do gueto à rede -  O protestantismo evangélico na França e do recém lançado Nova França Protestante – Desenvolvimento e crescimento no século XXI.
Para ele o crescimento se dá pelo fato das igrejas responderem ás necessidades geradas pela crise econômica como a solidão, por exemplo. “O Estado não pode fazer tudo, as prestações sociais e capacidades de intervenção são em geral fragilizadas, pois há menos dinheiro público. A igreja evangélica responde às necessidade que o Estado não se encarrega mais”, diz Fath.
O sociólogo percebe que apesar de ter muitos fiéis nas classes mais favorecidas essas igrejas que estão crescendo na França recebem em sua maioria jovens imigrantes, principalmente chineses, coreanos e originários das antigas colônias francesas na África. Em dezembro passado 24,2% desses jovens estavam desempregados.
Enquanto o estudioso afirma que a crise tem levado as pessoas para as igrejas, o presidente do CNEF, Étienne L’Hermenault, diz que esse aumento é o resultado da sede das pessoas pela religiosidade. “A crise não é simplesmente financeira, mas também moral. Há um cansaço, de uma sociedade que perdeu muitas referências e que busca valores”, diz o pastor batista.
Muito parecido com o que acontece no Brasil, essas igrejas utilizam uma forma de comunicação contemporânea para atrair os novos fiéis que em sua metade professavam outras religiões antes de se converterem ao protestantismo neopentecostal. “É a proximidade entre nós, os pastores, e nossos fiéis que faz a força do movimento evangélico”, afirma Amos Ngoua Mouri, pastor da Communauté Évangélique la Bonne Nouvelle, no norte de Paris.
Ao todo existem 2308 igrejas em território francês, o que representa uma para cada 30 mil habitantes, mas o pastor L’Hermenault, que também é presidente da Faculdade Livre de Teologia Evangélica de  Vaux sur Seine, tem um objetivo bastante ousado de alcançar a meta de ter uma igreja para cada 10 mil habitantes.
Com informações Opera Mundi

Red Bull satiriza milagre de Jesus em comercial

Mais um comercial divulgado na TV e também na internet incomodou cristãos do Brasil. Dessa vez é a propaganda do energético Red Bull que mostra Jesus andando sobre as águas e ensinando aos seus discípulos que na verdade está pisando sobre pedras.
Com o nome de “Nazaré” a peça publicitária de pouco mais de 30 segundos mostra Jesus em um barco com dois discípulos, se mostrando cansado ele se levanta e começa a andar sobre as águas. Pedro questiona como ele consegue andar e o segundo discípulo explica que o Mestre tinha tomado Red Bull, mas Jesus diz que não foi aquilo e que ele estava pisando em pedras.
Os evangélicos se revoltaram e estão fazendo campanhas para que a marca retire o comercial do ar. O pastor Rogério Silva, na Assembleia de Deus Ministério New Life, em Campinas, comentou o caso: “Negar os milagres de Jesus ridicularizando-o é uma afronta a comunidade cristã e um desafio ao próprio Deus”, disse ele para o blog Sandoval O Protestante.
No bog Assem-Bereia de Deus o autor comenta o comercial e diz que o vídeo ridiculariza a imagem de Cristo, mas os evangélicos não vão aos tribunais protestar contra isso, como fazem os militantes gays quando se sentem ofendidos com os dizeres da Palavra de Deus.
“Jesus não deixará de ser Jesus por causa de um fracassado espiritual que burlou esse infeliz comercial. Os crentes não deixarão de pregar Cristo como Senhor e Salvador por causa da existência de pessoas inimigas do Evangelho”, escreve.
Mas mesmo sem protestar na justiça o autor do A-BD pede respeito e que os autores do vídeo revejam suas atitudes. “Além de cristãos, somos cidadãos e exigimos respeito, assim como eles também querem. Nossa fé não é abalada por causa de comerciais inúteis como este, e nossa fé é intocável”.

Ministério Público pede que notas de real não tragam a frase “Deus seja louvado”

De acordo com Lauro Jardim da coluna Radar Online da Veja, trouxe uma denúncia que deve gerar muita polêmica no Brasil. O procurador substituto do Ministério Público Federal em São Paulo, Pedro Antonio de Oliveira, quer que a frase “Deus seja louvado” seja retirada das cédulas de Real.
Em dezembro do ano passado, o procurador fez uma representação devido a uma suposta “ofensa à laicidade da República Federativa do Brasil”. Em outras palavras, ele pede que o Banco Central não imprima mais “Deus seja louvado” nas cédulas de dinheiro. Para o procurador, essa frase desrespeita o Estado laico e, portanto, não deveria estar nas cédulas.
O Banco Central já iniciou um procedimento interno para tratar do caso. Em sua resposta ao procurador, divulgada na semana passada, o banco lembra que, a exemplo da moeda, até a Constituição foi promulgada “sob a proteção de Deus”. Também argumenta que “A República Federativa do Brasil não é anti-religiosa ou anti-clerical, sendo-lhe vedada apenas a associação a uma específica doutrina religiosa ou a um certo e determinado credo”.
O jornalista Túlio Vianna, assina um artigo na revista Fórum que exemplifica bem qual a posição dos sem religião:
“A liberdade constitucional de crença é também uma liberdade de descrença, e ateus e agnósticos também são cidadãos brasileiros que devem ter seus direitos constitucionais respeitados.
O mesmo se diga em relação aos politeístas, que acreditam em vários deuses e não aceitam a ideia de um deus onipotente, onisciente e onipresente.
Um bom exemplo do uso do nome de Deus com violação do princípio da laicidade é a expressão “Deus seja louvado” no dinheiro brasileiro.
Como não incomoda à maioria da população, acaba sendo negligenciada em detrimento dos direitos constitucionais dos ateus, agnósticos e politeístas, que ainda não são bem representados no Brasil.
Já se vê, porém, algumas destas expressões riscadas à caneta nas notas brasileiras, o que é uma clara manifestação de descontentamento com o desrespeito à descrença alheia”.