sábado, 24 de maio de 2014

Após críticas do pastor Eurico na Câmara, Xuxa chora e ouve pedido de desculpas



A polêmica declaração do deputado federal pastor Eurico (PSB-PE) sobre Xuxa Meneghel levou a apresentadora às lágrimas na tarde desta quarta-feira, 21 de maio.
Xuxa participava de uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados como defensora da Lei da Palmada, que prevê punição a pais que forem denunciados por castigarem fisicamente seus filhos.
Durante a sessão, o pastor Eurico atacou a apresentadora, dizendo que ela havia cometido “a maior violência contra as crianças em um filme pornô” de 1982, onde ela contracenava numa cena de sexo com um menino. A reação de Xuxa foi fazer um sinal de coração com as mãos na direção do parlamentar.
Desconfortáveis com a crítica, os colegas de partido do pastor o removeram da CCJ, e se apressaram para pedir desculpas à “Rainha dos Baixinhos”. “Eu quero me desculpar muito. Em meu nome, do meu partido e em nome do Eduardo Campos. O deputado [pastor Eurico] não será mais titular da comissão e o que ele diz de jeito nenhum representa o que pensa a bancada. Desculpe, me desculpe, de coração”, afirmou o deputado Julio Delgado (PSB-MG), demonstrando clara preocupação de que o episódio recaia sobre a candidatura do ex-governador Eduardo Campos à presidência da República.
Xuxa ouviu atentamente o pedido de desculpas, mas não conteve o choro: “Olha, a minha mãe é evangélica, outras pessoas na minha família são evangélicas. Eu sei que isso não é uma coisa dos evangélicos, mas, individual, só daquela pessoa”, afirmou, demonstrando indignação com a fala do pastor Eurico.

Testemunho: vocalista de heavy metal conta como saiu de um pacto satânico e se converteu a Cristo



Kirk Martin era vocalista de uma banda de heavy metal norte americana que havia feito um pacto com o diabo para conquistar a fama. Porém, Martin relata que horas antes de assinar um grande contrato com uma gravadora, que ele afirma ser fruto de seu pacto, teve um encontro impactante, que o levou a entregar sua vida a Deus.
Segundo o Aleteia, o nome de sua banda era Power of Pride (O poder do orgulho), e ele conta que participou de inúmeros concertos, nos quais projetava uma imagem selvagem nos palcos. Sua postura nos palcos, segundo ele conta, era reflexo do ódio e das crenças que habitavam seu espírito.
- Toda a minha intenção era dizer às pessoas que elas precisavam acreditar em si mesmas, seguir suas próprias visões, seus sonhos, ainda que fosse preciso pisotear quem se interpusesse em seu caminho – conta.
- Eu estava tão cheio de ódio, que projetava esse ódio nas pessoas. (…) Dois dos membros da banda acabaram se cansando de mim, não me aguentavam mais e, de fato, decidiram abandonar a banda – completa Kirk Martin.
Entre as motivações para seu ódio ele conta que estava o abuso que sofreu na infância, quando outras crianças abusaram sexualmente dele, quando tinha apenas oito anos de idade. Em decorrência desse abuso, ele conta que passou a alimentar um ódio interno, e também um desejo de abusar sexualmente das mulheres com as quais se relacionava.
Para alcançar seus desejos de fama e a satisfação de seus desejos carnais, ele conta que se sujeitou a um pacto demoníaco, e prometeu devotar sua vida a satanás se ele atendesse aos seus anseios.
- Cravei minhas garras no chão, arranhei a terra e disse a satanás: ‘Se você me der o que eu quero, se você fizer de mim um Deus, se me der mulheres, drogas, fama e o poder de pisotear as pessoas, eu te servirei até o fim dos tempos’ – relata, afirmando que poucos dias após fazer esse pacto foi chamado por uma operadora, que ofereceu a ele um gordo contrato para gravação de um CD.
Mas Kirk recorda que sua vida começou a ser verdadeiramente transformada poucas horas antes do momento de assinar o contrato com a gravadora. Sentado em uma cafeteria, ele foi confrontado por um estranho, que falou inexplicavelmente sobre seus traumas de infância e afirmou que Jesus estava esperando por ele.
- Um cara entrou e se sentou justamente ao meu lado, mesmo havendo muitas mesas livres. Imediatamente, eu olhei para ele com esta horrível e mesquinha expressão do meu rosto – relata.
- “Olhei para ele e lhe disse: ‘Que foi, cara?’. Ele olhou para o seu café, depois olhou para mim e me respondeu: ‘O que foi, amigo?’. Eu pulei na mesa, encostei meu rosto no dele, olhei bem para ele e o xinguei de todas as formas mais imundas que me vieram à mente. Ele então me disse: ‘Deus me mandou aqui para lhe dizer que Ele ama você e quer que você saiba que Ele não foi o responsável pelos jovens que abusaram de você quando você era criança’. O mais alucinante de tudo isso foi que ele até citou os nomes dos garotos e me disse: ‘Jesus está esperando por você, está esperando que você volte para casa’ – completou Martin.
O homem foi embora e, quando Kirk tentou encontra-lo para o confrontar, ele já havia desaparecido. Ele relata que então teve uma experiência de conversão quando estava, naquela mesma noite, dormindo no ônibus da banda.
- De repente, apareceu uma grande estrela, como se caísse do céu, e o espírito do próprio Deus agiu naquele ônibus. Eu não sabia por que odiava tanto Deus. Mas tudo, simplesmente tudo desapareceu, sumiu, e a única coisa que eu sentia era amor. Eu me senti aceito, senti como se fosse aquele menino novamente, antes de abusarem de mim. Então, eu disse: ‘Jesus, vem aqui e destrói tudo, porque eu não quero mais ser isso’. Agora, eu percebo que, diante da presença de Deus, o pecado, o ódio, a fealdade não podem existir, não há lugar para isso; então, precisam sair. E todas essas coisas começaram a abandonar o meu coração – conta Kirk, afirmando que naquele momento se entregou completamente a Deus e voltou a dormir.
Ao acordar no dia seguinte, ele conta que estava completamente transformado, e que nada mais importava a ele além de Deus, nem mesmo aquele contrato pelo qual havia feito um pacto para entregar sua alma.
Então, ele procurou uma igreja em sua cidade, onde começou a viver comunitariamente o cristianismo. Ele procurou também aqueles garotos que o haviam abusado na infância e, pelo perdão e reconciliação, encerrou aquele amargo capítulo de sua história.
Com a vida completamente transformada, Kirk Martin construiu uma família e agora usa seu talento musical compondo e interpretando músicas de adoração a Deus. Ao lado de sua família, ele afora viaja pelos Estados unidos compartilhando o milagre que transformou sua vida.
- Minha esposa é simplesmente um tesouro, e minha família é o mais testemunho da piedade e da graça de Deus. Eu, que era viciado em drogas, sexo, violência, ódio, e usava a música como uma ferramenta para destruir as pessoas, fui acolhido e curado por Deus. Tudo isso para a sua glória – resume Martin, ao falar de sua nova vida.

Pastor Marco Feliciano é absolvido de acusação de estelionato por unanimidade no Supremo Tribunal Federal



O pastor Marco Feliciano foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de estelionato que enfrentava por não ter comparecido a um evento no Rio Grande do Sul pelo qual havia recebido cachê.
O julgamento aconteceu nesta quinta-feira, 22 de maio, com um pedido da Procuradoria Geral da República pela absolvição de Feliciano por falta de provas.
Num depoimento concedido ao STF, o pastor reconheceu que faltou ao evento por conflito de agenda, e procurou os organizadores para ressarci-los: “Procurei os advogados da pessoa, para minha felicidade descobri que eram evangélicos também, eram irmãos, e falei: ‘Eu quero aqui pagar o que eu devo, quero devolver, e quero devolver com juros e correção para que não fique nenhum tipo de celeuma’”, disse Feliciano em abril de 2013.
O pastor também ressaltou que sua presença havia sido confirmada por sua assessoria na véspera, via e-mail, contrariando o protocolo de antecedência que ele costumava adotar nessas ocasiões.
A absolvição de Feliciano no STF se deu por unanimidade, ressaltando que o pastor não cometeu crime. Os ministros pontuaram ainda que se for necessária alguma penalização a Feliciano, o caso deverá ser discutido na área cível e não na área criminal, segundo informações do G1.
Ricardo Lewandovski, ministro relator do processo, afirmou que “não há como condenar” Feliciano nesse caso, pois além da falta de provas do cometimento do crime, um parecer contrário ao deputado poderia abrir um precedente perigoso: “Todos nós, professores, ficamos impossibilitados eventualmente de comparecer a compromissos agendados. É uma temeridade dar prosseguimento à ação penal desta natureza”.

“Chega de eunucos”: um teólogo do Vaticano defende o casamento dos padres



"Sabe-se lá como o papa vai responder à carta que lhe foi dirigida por 26 mulheres que (assim se apresentaram) “estão vivendo, viveram ou gostariam de viver uma relação amorosa com um sacerdote, do qual estão apaixonadas”.
Ignorá-la não é do seu feitio, telefonar para cada signatária individual é pesado demais. Penso que ele não tem outro caminho que escrever, por sua vez, um texto. Assim, teremos a primeira epistula de coelibato presbyterorum endereçada por um papa a figuras que, até pouco tempo atrás na Igreja, eram chamadas, sem muitos eufemismos, de concubinas…

Dos fragmentos da carta divulgados na imprensa, revela-se que as autoras quiseram apresentar o “sofrimento devastador ao qual é submetida uma mulher que vive com um padre a forte experiência do enamoramento”. O seu objetivo, escrevem ao papa, foi o de “pôr com humildade aos teus pés o nosso sofrimento, para que algo possa mudar não só para nós, mas também pelo bem de toda a Igreja”. Eis o que está em jogo, o bem da Igreja.

A atual lei eclesiástica que liga obrigatoriamente o sacerdócio ao celibato favorece o bem da Igreja? Olhando para os 2.000 anos do catolicismo, descobrimos que, no primeiro, o celibato dos padres não era obrigatório (“até 1100, havia quem o aconselhasse e quem não”, escrevia o cardeal Bergoglio).

Enquanto ele se tornou obrigatório no segundo com base em dois motivos: 1) a progressiva avaliação negativa da sexualidade, cujo exercício era considerado indigno para os ministros do sagrado; 2) a possibilidade para as hierarquias de controlar melhor homens privados de família e de consequentes complicadas questões de herança.

Assim, o padre católico do segundo milênio tornou-se cada vez mais semelhante ao monge. Trata-se, porém, de duas identidades totalmente diferentes. Uma coisa é o monge, cujo voto de castidade é constitutivo do código genético, porque quer viver a sós com Deus (como já diz o termo monge, do grego mónos, sozinho, solitário); outra conta é o ministro da Igreja que determina a sua vida no serviço à comunidade.

O padre (diminutivo de presbítero, isto é, “mais ancião”) existe em função da comunidade, da qual ele é chamado a ser “o mais ancião”, ou seja, aquele que a guia por ser dotado de maior sabedoria e experiência de vida.

Ora, a questão é: a celibatização forçada favorece tal sabedoria e tal experiência? Quando os padres célibes falam da família, do sexo, dos filhos e de todos os outros problemas da vida afetiva, de que experiência dispõem?

Respondo com base na minha experiência: alguns sacerdotes dispõem de muitíssima experiência, porque o celibato lhes permite o conhecimento de muitas famílias; outros, de pouquíssima ou de nada, porque o celibato os faz se fecharem às relações em uma vida solitária e fria. Resulta daí que o celibato tem valor positivo para alguns, negativo para outros e, portanto, deve ser deixado, como no primeiro milênio, à livre escolha da consciência.

Além disso, deve-se ressaltar que a qualidade da vida espiritual não depende para todos da abstinência sexual e menos do que nunca do fato de ser desprovido de família. Basta pensar que quase todos os apóstolos eram casados, e que o Novo Testamento prevê explicitamente o matrimônio dos presbíteros (cf. Tito 1, 6).

Se, depois, olharmos para a nossa época, vemos que verdadeiros gigantes da fé, como Pavel Florensky, Sergei Bulgakov, Karl Barth, Paul Tillich eram casados.

Se os nazistas não o tivessem enforcado, até Dietrich Bonhoeffer teria se casado, e Etty Hillesum, uma das mais radiantes figuras da mística feminina contemporânea, teve uma vida sexual muito intensa. Até mesmo Raimon Panikkar, sacerdote católico, um dos maiores teólogos do século XX, casou-se civilmente, sem que a Igreja nunca retirasse a sua função sacerdotal.

“Não é bom que o homem esteja só”, declara o Gênesis 2, 18. Mas Jesus fala de “eunucos que se tornaram tais para o reino dos céus” (Mateus 19, 12). A experiência bimilenar da Igreja Católica se desenvolveu entre essas duas afirmações bíblicas, privilegiando para os padres ora uma, ora outra. Mas acho que ninguém pode defender que o primeiro milênio cristão desprovido de celibato obrigatório foi inferior ao segundo.

Hoje, com o início do terceiro milênio, penso que chegou o momento de integrar as experiências dos dois milênios anteriores e de fazer com que aqueles padres que vivem histórias de amor clandestinas (que são mais de 26) possam ter a possibilidade de sair à luz do sol, continuando a servir as comunidades eclesiais às quais eles vincularam as suas vidas. A sua “ancianidade” não poderá senão se beneficiar com isso.

Depois, há os muitos milhares de padres que deixaram o ministério por amor a uma mulher (mas que continuam sendo padres por toda a vida, porque o sacramento é indelével) e que poderiam voltar a dedicar a vida à missão presbiteral, marcados por tanta e sofrida ancianidade."