segunda-feira, 30 de julho de 2012

Campeonato de MMA na Igreja Renascer: “É melhor perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas”, diz bispo

A quarta edição do torneio de MMA (Mixed Martial Arts, em tradução livre para o português, Artes Marciais Mistas) promovido pela Igreja Renascer vem chamando a atenção pela estranheza que causa em muitas pessoas a promoção de um esporte considerado violento dentro de um templo evangélico.
O Reborn Strike Night, torneio que aconteceu nessa sexta feira, é organizado por uma equipe da denominação que atua com evangelismo através do esporte, e foi destaque no G1, onde foi ressaltada afirmação de um bispo da igreja que justificou o torneio dizendo que é melhor se perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas.
- É preferível que um atleta perca um pouco de sangue no octógono (como é chamado o ringue das lutas de MMA) do que ele perder a vida para as drogas ou para a criminalidade – ressalta o bispo George Ramos, conhecido como bispo Gê.
Tendo como objetivo principal conquistar novos fiéis para a igreja, o torneio foi fortemente defendido por atletas e por líderes da denominação.
- Como se trata de um esporte de contato, isso assusta muitas pessoas em outras igrejas. No começo, na nossa também assustou. Mas tudo o que fazemos aqui é com temor a Deus – afirmou bispo Ramos em preleção aos 24 atletas, em sua maioria não evangélicos, como o lutador Marcelo Matias, 29 anos.
Matias é lutador profissional, e será uma das atrações principais do evento, que contará com 12 lutas, sendo apenas uma delas entre profissionais. Ele afirma que conhece de perto a igreja que promove o evento, mas ressalta que sua prioridade no torneio é conseguir visibilidade no esporte.
- Tenho interesse em conhecer, sim, mas quero mais visibilidade para lutar – afirma.
Membros da igreja que vão participar do torneio ressaltam não haver contradições em se aliar a fé com as lutas, mas afirmam que dentro do octógono o que importa é o esporte.
- Só entra ali quem está preparado. As outras coisas ficam de fora. Você pensar em superar o seu adversário. Não há contradição alguma nisso, pois é um evento para atrair fiéis para um caminho melhor – justifica o comerciante e lutador Felipe Gabriel, de 20 anos.
Além de membros da Renascer e de atletas não evangélicos, o torneio recebe também a participação de lutadores que frequentam outras denominações.
- Não há nenhuma contradição (em ser evangélica e praticar MMA). Porque eu pratico um esporte. Eu penso como esportista, não quero agredir por agredir. Não pode querer ser valentão na rua. Por isso que é um esporte que tem juiz, que tem regras. É uma combinação que funciona: esporte e a palavra de Deus – enfatiza o professor de jiu-jitsu Aloísio Figueiredo, de 29 anos e frequentador da igreja pentecostal Brasa Viva.
Líderes da denominação buscam em versículos bíblicos argumentos para justificar a realização do torneio de artes marciais dentro do templo.
- Um versículo da Bíblia diz ‘Me fiz de louco para ganhar os loucos’. É sobre Davi, que ao se deparar com mais uma morte, começou a babar. Nós usamos justamente esta estratégia para viabilizar a palavra de Deus – destaca o presbítero Baby.
Redação Gospel+

Seita divide povo mexicano; assista


Nova Jerusalém, uma aldeia mexicana fundada em 1973, é governada por uma seita que proíbe, entre outras coisas, televisão, rádio, jornais, telefones celulares e bebidas alcoólicas.
Há cinco anos, alguns dissidentes abriram duas escolas laicas. Mas no início do mês de julho, membros da seita as destruíram, aumentando as tensões na cidade.
Fonte: Youtube

Bíblia judaica é restaurada

O professor Menachem Cohen, da Universidade de Bar Ilán, próximo a Tel Aviv, está prestes a completar um grande projeto: a versão mais completa e precisa do Antigo Testamento.
À frente de uma equipe de mais de uma dúzia de pesquisadores do Departamento da Bíblia da universidade, Cohen desenvolve há mais de 30 anos um ambicioso trabalho chamado Mikraot Gdolot-Haketer ou As Grandes Escrituras, uma espécie de molde para o Antigo Testamento, que deve ficar pronto até o ano que vem e será digitalizado. 
A última compilação desse tipo foi feita no século XVI, cerca de 50 anos depois da invenção da imprensa, pelo judeu sefardita Jacó Ben Haim, que viveu em Veneza. Sua versão, reproduzida desde então, baseou-se em manuscritos e consultas a rabinos. Contém também notas e explicações sobre o texto.
Apesar de ser uma das obras mais reproduzidas e estudadas do mundo, essas edições estão cheias de imprecisões, afirma Cohen. "Pesquisei os manuscritos da Idade Média e descobri que os textos prévios utilizados para a publicação da primeira versão compilada de Ben Haim não eram totalmente precisos e eu me propus a resolver esse problema", afirmou o acadêmico. O professor chama de "discrepâncias" problemas como a ausência de uma letra ou um erro de pontuação. 
Essa nova edição da bíblia judaica conta com uma fonte privilegiada, o Códice de Alepo, escrito no século X por Aarão Ben Asher em Tiberíades, hoje Israel. 
"Não há, na história do povo de Israel, uma bíblia mais precisa", afirma Cohen. Segundo ele, a versão de Haim possui milhares de erros, enquanto a de Asher tem apenas algumas dezenas de imprecisões. 
Haim nunca teve acesso ao Códice de Alepo porque na época ele estava guardado na Síria pela comunidade judaica local.

Instituto Humanitas