sábado, 10 de dezembro de 2011

Vaticano surpreende ao fazer conferência sobre tatuagens


As múmias tatuadas do Egito antigo, cruzados que marcaram suas testas com cruzes e guerreiros Maori da Nova Zelândia foram assunto em uma conferência “incomum” realizada em uma universidade do Vaticano. O tema era o papel da tatuagem na formação da identidade.
“Soba a pela: identidade, símbolos e história de marcas permanente no corpo ” foi o título dado ao evento promovido por uma associação cristã de artes e Mordechai Lewy, embaixador de Israel junto à Santa Sé. Trata-se de um especialista improvável, considerando-se a secular proibição do judaísmo da tatuagem e o papel doloroso que os números tatuados tiveram durante o Holocausto.
O embaixador reconheceu o paradoxo, dizendo que a memória viva dos “números azuis da morte” aumentou muito a aversão judaica à tatuagem, algo que muitos rabinos ortodoxos proíbem porque altera o corpo humano, maculando a criação divina.
Lewy é um especialista respeitado nesta área e um crítico feroz do que ele chama da “comercialização” existente hoje de um aspecto importante da cultura, que se estende de Jerusalém até o Japão.
Tatuagens “podem simbolizar uma posição social, identificar afiliação étnica, indicar uma experiência de peregrinação religiosa ou um rito de passagem”, disse ele na conferência desta semana. “Também podem ser um sinal de rebelião ou diversidade”.
A conferência foi realizada na Pontifícia Universidade do Vaticano Urbaniana, ao lado da Praça de São Pedro. Entrará para a história pelo seu pioneirismo e os participantes se admiraram que o estudo da tatuagem é um campo relativamente novo de pesquisa acadêmica séria.
“Eu estava amedrontado”, disse Jane Caplan, historiador da Universidade de Oxford, que escreveu uma antologia sobre as tatuagens na história dos EUA e da Europa. “Parecia tão improvável”, organizar uma conferência sobre esse tema no Vaticano.
As apresentações abriram os olhos dos conferencistas sobre o amplo uso da tatuagem na história humana. Luc Renaut, da Universidade de Poitiers, falou sobre as tatuagens das múmias desenterradas no Egito. Elas provavelmente foram esposas de líderes importantes ou altos funcionários, que as usavam como sinal de prestígio.
Os soldados das Cruzadas no século 11 tatuavam cruzes em suas testas ou ombros antes de ir para a batalha para mostrar o apoio divino à sua missão. Ainda hoje, muitos jogadores do time de rugby da Nova Zelândia exibem as tatuagens tradicionais dos povos indígenas Maori, disse Sean Mallon, curador sênior do Museu da Nova Zelândia. “É uma forma concreta de expressar o passado”, disse ele.
“Há um monte de gente tatuada aqui”, sussurrou ele, apontando para os participantes da conferência e admitindo que a maioria as escondiam sob a roupa. Oficialmente, não há uma proibição do Vaticano em relação a tatuagens.
O embaixador Lewy começou a se interessar pela história da tatuagem quando vivia na Suécia e leu registos das viagens de suecos que foram para a Terra Santa no século 17.
Ele conta que a maioria voltava com tatuagens que tinham feito em Jerusalém como uma marca das suas peregrinações. Ele mostrou imagens de santos eram temas comuns das tatuagens de então.
O tatuador traçava as linhas do desenho com uma agulha, picava a pele para extrair o sangue e colocava uma tinta sobre a ferida, para que a pigmentação se infiltrasse nos cortes, deixando uma marca permanente.
Traduzido e adaptado por Gospel Prime de Washington Post

Pastor participa do programa “Amor e Sexo” da Globo, com Rabino e Padre; veja o vídeo

O programa “Amor e Sexo” da TV Globo levou ao palco como jurados um Padre, um Rabino e um Pastor para opinarem e julgarem as respostas do convidado, o ator Daniel Boaventura. Marcaram presença o Padre Alessandro Campos, o Rabino Sergio Margulies e o Pastor presbiteriano Marcos Amaral.
“Os milhões de fieis já estão cansados de saber: é impossível falar de amor e sexo sem discutir os limites da moral e da ética, da culpa e do prazer”, afirmou a apresentadora Fernanda Lima, pouco antes de abrir a rodada de perguntas baseadas em opções sexuais para o convidado.
A primeira pergunta feita a Boaventura foi a respeito se ele usaria preservativos caso tivesse um primeiro encontro que resultasse em sexo. Afirmando que sim, para se preservar a parceira e ele mesmo, recebeu a avaliação do Padre Alessandro Campos: “Eu buscaria conhecer bem essa garota, para em outro momento, usar o preservativo. Todos nós fomos criados para amar. A igreja orienta que o sexo seja feito após o casamento, porém você é livre, e na sua liberdade, deve arcar com as consequências das suas escolhas”.
Em um contexto mais amplo sobre a prática do sexo antes do casamento, o Rabino Sergio Margulies ponderou sobre o assunto: “Eu vou ser muito honesto aqui. Um casal me procura para casar e se eu perguntasse se eles já haviam feito ‘test-drive’ antes e eles respondessem que não, eu ia estranhar. Uma questão muito importante que permite a gente compreender essa realidade atual é entender que uma relação monogâmica, de fidelidade e convivência, mesmo sem as bênçãos religiosas, já pode ser considerado um casamento, e que aí, esse casamento vai ser devidamente santificado e abençoado. Sem hipocrisia, que muitas vezes afasta as pessoas de um nível de busca de uma vida mais espiritualizada”, explicou o rabino.
Uma pergunta sobre um eventual travesti, que atua artisticamente e mantem relações homossexuais, mas é religioso, o Pastor Marcos Amaral afirmou que “na igreja Presbiteriana eu posso garantir que seria bem aceito. Entretanto, a igreja, caucada na Bíblia, tem características, dogmas, e é importante a igreja dizer que ela não pode pedir desculpas por acreditar naquilo que acredita. Uma coisa é ele (o hipotético travesti) e seu parceiro desejarem congregar, conviver – e pode estar certo, que se essa comunidade, presbiteriana ou não, se for cristã, vai acolher essa dupla, com todas as contradições e complexos – entretanto, certamente essa comunidade trará informações das suas convicções. É importante dizer que nós discordamos, mas nós convivemos”, frisou o Pastor Amaral.
Assista abaixo a íntegra do programa com a participação dos religiosos:




Notícias Cristãs com informações do Gospel+