sexta-feira, 16 de agosto de 2013

[Vídeo] Em entrevista a Danilo Gentili, no Agora é Tarde, pastor Claudio Duarte diz: “Falo como palhaço, sem desacreditar da seriedade de quem me ouve”; Assista na íntegra



O pastor e escritor Claudio Duarte, da Igreja Batista Monte Horebe, em Campo Grande no Rio de Janeiro, vem ficando conhecido por seus sermões e palestras bem humoradas. Recentemente, esteve no Programa do Ratinho, no SBT, falando sobre sexualidade.
Nesta terça-feira, 13 de agosto, o pastor concedeu entrevista ao apresentador Danilo Gentili, no programa Agora é Tarde, da Band. Duarte explicou que o motivo de usar humor em suas pregações é a admiração que nutre pela arte e a necessidade de fazer as pessoas prestarem atenção no que está sendo dito.
“Acabei ficando conhecido como pastor do stand-up. Eu sou uma pessoa bem humorada e sempre admirei os humoristas. Passar a mensagem dessa forma atrai mais a atenção dos fiéis”, afirmou.
Duarte disse ainda que sua opção por levar a mensagem bíblica e os aconselhamentos com humor ainda é mal vista por algumas pessoas: “Por ser algo mais ou menos novo, é comum que eu receba várias críticas. As pessoas tem a ideia de que Deus é um velhinho mal humorado e que quer brigar com a humanidade. Eu vejo Deus como um cara bem humorado”, diz o pastor, que complementa: “As pessoas tem uma ideia de que se você for bem humorado, você não é sério. E na realidade, uma coisa não tem nada a ver com a outra”.
Como forma de embasar seu argumento, Claudio Duarte frisa que busca sempre manter fidelidade à Bíblia em seus discursos: “O fundamento das minhas mensagens sempre vem da Bíblia, o princípio é bíblico. Às vezes o humor só vem pra agregar algum valor, pra atrair um pouco mais a atenção. Mas se você olhar pro Jardim do Éden, e observar no início, Deus oniciente, onipotente, onipresente chega no Adão e diz: ‘Onde você está’. Ele só pode estar brincando”, ilustrou.
“Muitas vezes eu falo como palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade das pessoas que me ouvem”, diz, parafraseando o comediante Charlie Chaplin. “Comecei a trabalhar com jovens e uma maneira de atrair a atenção da juventude foi colocar humor. Eu achei que humor era um grande atrativo, e as coisas foram dando certo”, relatou.
Danilo Gentili questionou o motivo de a maioria dos vídeos do pastor serem sobre a vida conjugal e relações sexuais. Duarte explicou que foi ao acaso: “Aconteceu de eu precisar ministrar uma palestra num evento para casais, e não tinha ninguém e me colocaram. Aí, a palestra ficou atraente, porque eu comecei a trabalhar com humor, e busquei voltar pro relacionamento conjugal. As pessoas me chamam de pastor de família, mas na verdade eu gosto desse relacionamento conjugal, essa dinâmica de viver a dois, cabeça de homem, cabeça de mulher, como funciona… Eu sou extremamente contra divórcio… Meu pai casou diversas vezes”.
Sobre sexo antes do casamento, Claudio Duarte frisa que a prática é pecado, mas abrange sua análise lembrando que os jovens tendem a buscar compatibilidades, e por isso, acabam transando antes da hora.
“Hoje, as pessoas observam mais o prazer pessoal, do que a Palavra de Deus, as coisas ficaram meio misturadas. Daqui uns dias, vamos ver o poste fazendo xixi no cachorro e todo mundo achando perfeitamente natural, porque os valores se inverteram, e o errado virou certo. O que eu falo sempre pra juventude é o seguinte: você precisa definir se você é o ambiente, ou o camaleão. A vida é assim: o ambiente faz você, ou você faz o ambiente. Hoje o ambiente tem feito a juventude. ‘As pessoas acham normal, está todo mundo fazendo, eu vou fazer também’. Até porque os jovens gostam muito de aceitação. Mas a Bíblia diz que sexo é depois do casamento, não dá pra negociar isso”, diz o pastor.
Assista a íntegra da entrevista do pastor Claudio Duarte ao programa Agora é Tarde:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Católicos invocam mais a Maria do que a Jesus, diz articulista de jornal, sobre divergências teológicas com evangélicos



Uma das principais fontes de debate e divergência teológica entre católicos e protestantes é o status de intermediadora dado pela igreja romana a Maria, mãe de Jesus. Para católicos, a virgem foi arrebatada aos céus em carne e osso, e intercede pelos seguidores; Para protestantes, Maria é uma importante e admirada figura bíblica.
Aldo Pereira, 80 anos, colaborador da Folha de S. Paulo, publicou um artigo sobre o assunto, e fez comparações entre as posturas adotadas por católicos e protestantes a respeito do tema.
Seu texto se inicia com uma constatação: no terço católico há “106 invocações mântricas de Maria (duas em cada ave-maria), mais uma referência na salve-rainha e outra no credo”, e cita que em comparação, o mesmo terço “menciona o nome de Jesus 55 vezes: uma em cada ave-maria, uma no credo e outra na salve-rainha” e “invoca Deus uma única vez, no pai-nosso”.
Pereira diz que o ponto de discórdia está na adoração à mãe de Jesus: “Protestantes veneram Maria (até muçulmanos a reverenciam), mas reprovam ‘mariolatria’. Como outros não-católicos, objetam que a Bíblia não menciona Assunção”, escreveu, referindo-se à crença de que ela teria sido arrebatada. “[Os protestantes] condenam como fetichismo idólatra o enlevo do papa ao beijar imagem esculpida de Maria em Aparecida no mês passado”, afirma.
Citando dados históricos da Igreja Católica, Pereira afirma que a ênfase dada à mãe de Jesus surgiu de uma busca do Vaticano por tornar a religião simpática a outros povos não cristãos: “Maria pode ter ganhado proeminência hagiográfica a partir do século 4 por facilitar a conversão de pagãos mediante incorporação sincrética de elementos de outros credos no cristianismo, e vice-versa. Muitos pagãos cultuavam deusas-mães”, contextualiza. “Representações de Ísis amamentando Horus bebê inspirariam madonas lactantes na pintura renascentista”, exemplifica o colaborador da Folha.
Ele encaminha seu texto dizendo que os “teólogos protestantes argumentam que o clero católico confere status de divindades menores a Maria e outros santos (quase 8.000) quando lhes atribui milagres”, e que a “deificação de Maria [...] viola o preceito monoteísta das religiões abraâmicas”. O colaborador ainda menciona que a resposta dos católicos a tais críticas é que eles “reverenciam Maria como santa, mas não a adoram como deusa”.
Outro ponto de divergência teológica está na virgindade da mãe de Jesus, diz Pereira: “A Bíblia faz menção explícita a irmãos de Jesus. Mateus 13:55-56 e Marcos 6:3 nomeiam quatro, enquanto Mateus 12:46, Marcos 3:32 e Atos 1:14 referem outros. Segundo Mateus 1:18-25, José não ‘conheceu’ Maria antes de ela ter tido o primeiro filho, o que sugere que ele a ‘conheceu’ depois”. O colaborador no entanto, pondera que “para a Igreja [Católica], tal entendimento configura audaciosa blasfêmia, pois o Primeiro Concílio de Latrão (649) reafirmou a virgindade de Maria ‘ante partum’, ‘in partu’ e ‘post partum’. ‘Irmãos’ de Jesus? A apologética assegura haver aí mera referência figurada a ‘primos’ ou ‘parentes’”, conclui Aldo Pereira.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+