domingo, 8 de janeiro de 2012

Pastor compara capa do CD Aliança de André Valadão à bandeira gay

O pastor Ciro Sanches Zibordi escreveu um texto em seu blog comparando a capa do CD Aliança do cantor André Valadão com a bandeira do movimento gay e com o próprio símbolo da Globo. Em sua crítica o pastor condena a aproximação dos evangélicos com a emissora carioca e com o ecumenismo pregado por ela.
“Recentemente, um famoso cantor ‘glospel’ (…) lançou um CD com um título bastante sugestivo, o qual traz as cores da bandeira arco-íris (composta de seis barras horizontais, que celebram a  “diversidade” e simbolizam as minorias sexuais). Essa bandeira é usada em várias partes do mundo. No Brasil, ela aparece no logotipo da Rede Globo e é reconhecida como símbolo do movimento LGBT”, escreve Zibordi.
O pastor também questiona se o cantor não sabia que o arco-íris escolhido para ser o tema de seu novo CD é o tema que simboliza o movimento gay. Mas sobre esse assunto o cantor André Valadão já havia se adiantado e esclarecido que colocou o arco-íris como tema de seu novo álbum para resgatar o símbolo que representa a aliança de Deus com os homens.
Mas não é só o tema colorido do encarte do CD do irmão de Ana Paula Valadão que incomodou o pastor Ciro Zibordi, o fato dos cantores evangélicos aceitarem as investidas da Rede Globo também gerou críticas, pois ele acredita que o “Evangelho deve ser comunicado da maneira que as pessoas precisam, e não da forma como desejam”.
“Sigo um Evangelho confrontador, protestante, que brada: ‘Jesus é a única porta, o único caminho para a salvação. Em nenhum outro nome há salvação’”, escreve ele que não concorda com as aparições dos cantores em programas como o Caldeirão do Huck, Esquenta e a polêmica participação de duas evangélicas da próxima edição do Big Brother Brasil.

Arquidiocese de Goiânia afasta padre que usava a Bíblia nas missas


Em um país que já se acostumou a ver padres como Marcelo Rossi e Fábio de Melo atraírem multidões é de se estranhar que o sacerdote Luiz Augusto Ferreira da Silva, 51, da paróquia Sagrada Família em Goiânia seja punido por ser popular.
Chamado de “evangelizador das multidões”, em sua igreja recolhia mensalmente cerca de R$ 450 mil em dízimo (a maior arrecadação de Goiás). Além das missas concorridas, o padre liderava projetos sociais que faziam distribuição de cestas básicas, acolhi moradores de rua e ajudava dependentes químicos com parte da arrecadação. Padre Luiz levava alimentos, brinquedos e celebrava missas para as pessoas que moram em meio ao lixo depositado diariamente no aterro sanitário de Aparecida de Goiânia.
Depois de 15 anos na Sagrada Família, Luiz Augusto, teve de restringido o seu contato com os fiéis por imposição da Arquidiocese de Goiânia. Transferido de paróquia duas vezes por ordem de dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, está agora proibido de celebrar missas para o público e de participar de programas de rádio e de TV.
Segundo a reportagem da revista ISTOÉ desta semana, não há um motivo claro para essa decisão.  “Trata-se de um caso de nítida perseguição a esse sacerdote, um líder nato que arrebanha multidões, mas causa inveja e ciúme”, disse à revista a odontopediatra Soraya Sebba Chater.
Ela conta que foi criada uma comunidade virtual de apoio ao padre e uma passeata em favor deste com seis mil fiéis, além de um abaixo-assinado apoiado por cinco mil pessoas pedindo a permanência do pároco na Sagrada Família.
Entre os insatisfeitos está  Maria Dulce Loyola Teixeira, 60, que relata a indignação dos fiéis em um blog. Ela disse: “O público se manifesta, canta, há uma grande euforia nas pregações do padre Luiz Augusto. E os superiores dele veem nisso um excesso”.
Ainda segundo a  revista, um dos motivos para a censura é a liturgia empregada pelo sacerdote, pois ele usa a Bíblia e não os tradicionais folhetos em suas cerimônias. No site A Redação,a leitora Jessika Vitória, que afirma conhecer o padre e seu trabalho, deixou o seguinte comentário “Só porque ele não usava folheto na missa e fazia uso da Bíblia era perseguido”.
Um sacerdote funcionário do Tribunal Eclesiástico de São Paulo, declarou: “Eu acredito que o afastamento dele deve ter partido de uma regra disciplinar do próprio bispo local.”
Segundo a arquidiocese, Luiz Augusto  está passando por um processo de “correção da postura pastoral”, que incluem aconselhamentos com o bispo auxiliar de Goiânia, dom Waldemar Passini Dalbello.
Em sua defesa, o padre afirma apenas que “Sinceramente, não vejo motivo para eu seguir afastado… Passei pela Canção Nova (comunidade), onde padres celebram normalmente. Vejo o mesmo na Shalom. Eu não escolheria vir para cá, quando fui transferido da Sagrada Família, se soubesse que aqui eu não poderia celebrar… Se a arquidiocese tem a intenção de me corrigir, me ajudar, tudo bem. Mas seria falso se dissesse que estou contente”.
Com informações A Redação e Isto É