sábado, 28 de setembro de 2013

Com isenção de impostos, CD e DVD nacionais ficarão mais barato



Nesta terça-feira (24) o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 123/2011, conhecida como PEC da Música, que isenta de impostos a produção de CDs e DVDs de artistas brasileiros.
O texto, antes aprovado pela Câmara, estabelece a isenção do ISS (Imposto sobre Serviços) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na produção e venda desses produtos.
Quando começar a valer, a PEC da Música poderá reduzir em até 25% o valor das obras musicais, uma porcentagem que poderá diminuir o preço final do produto, aumentando assim o acesso da população aos discos produzidos pelos nossos artistas, incluindo do segmento evangélico.
Na votação do Senado foram 61 votos, contra 4, os senadores que não apoiam a PEC estão preocupados com o impacto que a medida poderá ter na Zona Franca de Manaus, onde os CDs e DVDs são produzidos.
Para o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), por exemplo, a medida pode resultar na demissão de mais de 3 mil pessoas além prejudicar a arrecadação do estado do Amazonas.
Por outro lado artistas comemoram a aprovação acreditando que com preços menores os discos originais serão mais procurados pela população, inibindo também o aumento de produtos piratas que circulam no mercado.
A PEC da Música venceu mais uma etapa, mas terá que passar pela promulgação do presidente do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já que o texto aprovado veio da Câmara Federal sem ter nenhum tipo de alteração.

Comentarista esportivo é demitido da Fox Sports por ser cristão e contrário ao casamento gay


Comentarista esportivo é demitido da Fox Sports por ser cristão e contrário ao casamento gay

O comentarista esportivo Craig James foi demitido de um dos canais da Fox Sports nos Estados Unidos por se posicionar publicamente contra o casamento gay.
Com passagens por outros grandes canais, como ESPN e CBS, James contratou advogados para processar seus últimos patrões, pois considera sua demissão abusiva.
O gerente-geral da Fox Sports SouthWest, Jon Heidtke, procurou Craig James dias após sua estreia como comentarista da liga de futebol americano universitário e afirmou que ele estava demitido devido às suas opiniões sobre o casamento gay, apesar de seu trabalho ter sido bem executado.
“Fiquei chocado que minhas crenças religiosas pessoais não havia sido a única razão para a Fox Sports me despedir. Eu fiquei completamente chocado quando li histórias citando representantes Fox Sports que disseram essencialmente que as pessoas de fé estão proibidas de trabalhar lá. Isso não está certo e, certamente, alguém cometeu um erro terrível”, afirmou James em entrevista à Breitbart News.
Segundo James, em toda sua carreira como comentarista esportivo, manteve conduta profissional e nunca pautou seu trabalho pela sua fé: “Eu tenho trabalhado na transmissão por 24 anos e sempre trataram os meus colegas com respeito e dignidade, independentemente da sua origem ou crenças pessoais. Eu acredito que é essencial para o nosso negócio de manter relações profissionais com pessoas de origens diversas e ter tolerância para aqueles de diferentes crenças. Eu nunca discuti a minha fé durante as transmissões e isso nunca foi um problema, até agora”, lamentou.
O motivo da demissão foi uma opinião emitida pelo comentarista em abril de 2012, durante um debate sobre o casamento gay. À época, James afirmou que “as pessoas escolhem ser gay…. Eu acho que é uma escolha. O casamento do mesmo sexo, se alguém quiser fazer isso, isso é feito. E Deus vai julgar cada um de nós nesta sala por nossas ações. E, nesse caso aí, eles vão ter que responder a Deus por suas ações”, afirmou.
No entanto, a emissora emitiu um comunicado afirmando que a demissão do comentarista se deu porque ele causava divisões de opinião no público: “No Fox Sports nós respeitamos todos os pontos de vista, e apesar dos relatos em contrário, a decisão de não mais usar Craig James em nossa cobertura de futebol universitário foi simplesmente porque ele não era um bom ajuste para a Fox Sports. James é experiente e conhecedor, e é uma figura polarizadora na comunidade de esportes da faculdade. Infelizmente, a decisão de usá-lo não foi devidamente examinada, e como resultado, ele deixará de fornecer comentários sobre a cobertura de futebol universitário da Fox Sports Southwest”.
A entidade Liberty Institute publicou uma carta aberta destinada a funcionários da Fox Sports em defesa de Craig James, pedindo que o comentarista fosse reintegrado imediatamente: “A decisão de demitir Craig James por causa de suas crenças religiosas é uma grave violação da liberdade religiosa e uma afronta a todos os americanos que apreciam esse princípio fundamental da liberdade americana. Se vocês se recusam a reintegrar o Sr. James, milhões de norte-americanos ficarão com a impressão de que vocês não respeitam a liberdade religiosa e o Liberty Institute será forçado a buscar opções legais subsequentes”, alertou, de acordo com informações do Charisma News.

Matéria da revista HardCore sobre a Igreja Bola de Neve causa revolta entre fiéis da denominação; Entenda



A igreja Bola de Neve foi tema de uma ampla reportagem sobre suas origens, doutrina, linha teológica e crescimento nos últimos anos.
A revista Hard Core, especializada no público surfista, entrevistou o fundador, apóstolo Rina, membros, ex-membros e questionou: “Até que ponto é justificável uma religião que não representa todos os surfistas, nem suas ideologias, associar sua imagem ao estilo de vida do surf?”.
Escrita pelo jornalista Alexandre Versiani, a matéria diz que a igreja foi fundada para fugir “do estereótipo do ‘crente evangélico’”, e que “em dez anos, saltou de 150 para 60 mil fiéis”. Atualmente, a denominação possui “220 templos espalhados pelo Brasil e por países como Argentina, Peru, Chile, Uruguai, Paraguai, EUA (Los Angeles, Miami e Hawaii), Portugal, Inglaterra, Rússia, Austrália, Haiti, Bósnia e Moçambique”, explica Versiani.
O líder da denominação, apóstolo Rina, diz que esses números não são importantes: “Nunca fiz essa conta de medir, qualificar e quantificar. Não posso cair no erro de olhar para os frequentadores da igreja como um resultado ou um troféu. Isso tem que ser uma consequência natural de um trabalho”, argumenta.
Igreja de surfista?
“Quando a igreja começou, ela era exclusivamente surfista (sic). Não porque a gente resolveu que esse seria o nosso target, mas, como a maioria dos líderes praticava esporte, então nossos amigos e as pessoas que acabavam frequentando eram surfistas. Hoje ainda tem muita gente dessa área de esportes radicais”, explica Rina.
Arrecadações
O jornalista dedicou boa parte da matéria para falar sobre a arrecadação da igreja, entre dízimos e ofertas: “Não se sabe ao certo o quanto a Bola de Neve arrecada. Porém, um ex-presbítero (cargo abaixo do pastor) que trabalhou seis anos na igreja e prefere não se identificar afirma que a unidade no Rio de Janeiro ‘recolhia’ R$ 250 mil por mês e até R$ 1 milhão em São Paulo no ano de 2010”, escreveu Alexandre Versiani.
Segundo a matéria, a falta de transparência na igreja em relação às finanças tem afugentado fiéis. Versiani entrevistou um antigo frequentador da Bola de Neve que se queixou disso.
“Eu me apaixonei pela ‘visão’ da Bola. A proposta de levar o evangelho de uma forma mais descolada, com uma linguagem contextualizada me parecia bem familiar com o estilo do próprio Cristo de divulgar sua mensagem. Lá tinha gente como eu, no estereótipo e na história de vida. A diferença é que Cristo era transparente. Na Bola de Neve as aparências enganam”, reclamou Marcelo Comuna, 33 anos, que frequentou a denominação entre 2007 e 2009.
O autor da reportagem comenta em seu texto que, no momento de contribuição com dízimos e ofertas, “três enormes filas se formam. Ao centro, os fiéis que pagam em dinheiro. Nas laterais, um pouco mais discretamente, há a opção de doar no cartão de crédito ou débito”.
O líder da igreja rebate as críticas: “Meu papel é ensinar o princípio. Como uma igreja sobrevive? Ela não vende produtos, não tem ajuda do governo, de empresas. As obras sociais da igreja sobrevivem de quem faz parte dela. Você não vê na igreja, entre uma música e outra, uma propaganda no telão dizendo beba Coca-Cola ou compre Volkswagen”, justifica-se.
Linha teológica
“Outra crítica de pessoas que deixaram a Bola de Neve é a sua aproximação com o lado mais radical do neopentecostalismo. Durante congressos promovidos pela igreja com líderes de outras denominações, os membros mais próximos eram orientados a passar por exercícios de cura espiritual, parecidos com as sessões de descarrego. O skatista Thiago Marcone, que se formaria no curso de líderes de célula em São Paulo, relata que a cada seis meses era obrigado a repetir por horas frases como ‘eu peço perdão pelos meus pecados’, entre outras similares, com o objetivo de ser libertado de possessões demoníacas e malignas que poderiam estar agindo sobre ele”, afirmou Versiani na matéria.
O jornalista expôs o argumento da liderança da denominação para adotar tais práticas, que tinham “a intenção de oferecer a chance de membros e pastores da igreja conhecerem outras linhas neopentecostais”.
“A gente procura se relacionar, fazer ponte com gente de todas as linhas possíveis para não ficar parecido com uma seita. Mas não são esses caras que determinam o que a gente vive”, defende-se Rina.
A publicação da matéria gerou revolta entre alguns fiéis, que protestaram nas redes sociais contra a revista e o teor da reportagem assinada por Alexandre Versiani.