sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Local onde Abraão está enterrado é disputado por israelitas e palestinos

Após ser libertado de uma prisão israelense, Barakeh Taha decidiu finalmente casar-se e fez a cerimônia em um local sagrado para muçulmanos e judeus, mas que carrega uma história de disputas. Taha é mais um a apoiar uma campanha palestina para reivindicar os direitos sobre uma caverna antiga usada para enterros que fica no centro da cidade velha de Hebron. Conhecida pelos muçulmanos como a “Mesquita Ibrahami” e pelos judeus como a “Caverna dos Patriarcas”, o local é considerado por ambas as religiões o túmulo do patriarca Abraão e de sua família. A Bíblia a chama de caverna de Macpela. Os palestinos devem “frustrar as tentativas para os judeus ocupá-la ou tentar controlá-la”, disse Taha. “Eu encorajo todos os casais a se casarem aqui para apoiar o local sagrado e nossa resistência”, disse Taha. Ele é membro do Hamas e aos 32 anos foi incluído no acordo de troca de prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit. No ano passado, Israel acrescentou a Caverna à sua lista de monumentos históricos nacionais. A decisão resultou em dias de confrontos entre jovens palestinos e as forças israelenses que se dedicam a proteger um enclave de colonos judeus escondidos na antiga cidade de Hebron. Os palestinos dizem que vão pedir que a UNESCO reconheça   formalmente o seu apego cultural à Mesquita Ibrahimi em fevereiro.  Esse movimento só é possível graças ao reconhecimento da Palestina como um país por esse órgão das Nações Unidas há dois meses. “Antes de sermos reconhecidos, não tínhamos o direito de adicionar um sítio arqueológico palestino na Lista do Património Mundial, pois estamos sob ocupação e a única maneira de fazer isso era através de países amigos”, disse Siham al-Barghuti, o ministro da cultura palestino. “Agora podemos pedir que a UNESCO adicione nossos sítios arqueológicos e religiosos para a Lista do Patrimônio Mundial”, disse ele. ”É o principal benefício que nós tivemos.” Grupos judaicos estão trabalhando muito para aumentar o número de visitantes da porção judaica deste sítio arqueológico. Mas os palestinos iniciaram uma contra-campanha para incentivar muçulmanos a realizar eventos comemorativos, como cerimônias de circuncisão e casamentos na mesquita existente ali. “A Mesquita Ibrahimi é para os muçulmanos e os palestinos, não para os judeus, nem para os colonos. Eu tenho orgulho de me casar neste lugar magnífico”, disse Lubna al-Natsheh, 19, a noiva de Taha. “Não vamos abandoná-la”, prometeu. ”Continuaremos a vir aqui e voltar um dia com nossos filhos.” Antes da disputa diplomática, os palestinos deram demonstrações claras que seu povo valoriza a Mesquita Ibrahami. Em 26 de novembro, quando multidões se reuniram ali para marcar o Ano Novo muçulmano, muitos deles com o cabelo recém-cortado, seguindo a tradição. Embora tanto muçulmanos quanto judeus façam suas orações no local, o sítio foi dividido em seções desde 1994, quando um colono israelense abriu fogo contra fiéis palestinos, matando 29 deles. Apesar do passado sangrento da mesquita, Salah Abu Turki, 44, levou com orgulho seu filho recém-nascido para sua cerimônia de circuncisão, Este é um evento raro nos últimos anos por causa das restrições israelenses do acesso de palestinos ao local.                                                                                                                                                        “É uma grande honra para mim que meu filho está sendo circuncidado aqui”, disse ele. “Os colonos também circuncidam seus filhos aqui, porém temos mais direitos de fazer isso do que eles. Este lugar é uma mesquita e esta é uma antiga tradição para o povo de Hebron”, disse  Turki.
Traduzido e adaptado por Gospel Prime de Canada.com

Jader toma posse e preocupa LGBTs

Dez anos após renunciar cargo de senador devido a suspeitas de corrupção, Jader Barbalho (PMDB-PA)voltou ontem ao Senado. Foi a renúncia de 10 anos atrás que quase o impediu de tomar posse, mesmo tendo recebido 1,8 milhões de votos nas eleições do ano passado. Jader substitui Marinor Britto (Psol-PA), o que preocupa o movimento LGBT.
A mudança que foi assunto na 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos LGBT, preocupa pelo fato da senadora ter sido uma alidada e peça fundamental na elaboração do Projeto de Lei 122, que criminaliza a opinião contra a prática homossexual.
Marinor e o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) defendiam a manutenção do PL 122 puro, sem as alterações feitas pela relatora Marta Suplicy (PT-SP). Com a queda da senadora ativistas LGBT temem não conseguir aprovar o projeto.

Pastora da Baixada, Ana Lúcia é elogiada por Regina Casé no ‘Esquenta’

Quando perguntada sobre os momentos inesquecíveis do "Esquenta!" até agora, Regina Casé não pensa duas vezes antes de incluir a participação da pastora Ana Lúcia, que vai ao ar no próximo domingo. A religiosa foi descoberta pela apresentadora na internet, graças ao vídeo da música pentecostal "Vem comigo dando glória", em que as pessoas cantam e dançam animadamente.
— Eu estava apaixonada por ela há uns dois meses, só via isso no YouTube. Nunca vi uma suingueira tão boa! Decidimos levá-la ao programa e foi incrível. Ela tomou conta da plateia — conta Regina.
Nascida em Belford Roxo, Ana Lúcia, de 42 anos e pastora há sete, diz que gosta de música desde a infância e só não gravou um CD ainda por falta de grana. E está ansiosa para se ver na televisão:
— Eu via os programas de TV e falava para minha mãe que um dia ia estar lá. Digo que o programa não esquentou, explodiu. Todo mundo que estava lá — candomblecistas, um padre, a bateria da Unidos da Tijuca — amou.
Ana Lúcia, cuja banda é formada por ex-pagodeiros, conta que se converteu quando o filho Leandro, hoje com 23 anos, teve leucemia, ainda bebê.
— Minha mãe me chamou de louca, disse que eu não podia ter deixado o tratamento, mas meu filho se curou. Meu marido me abandonou por eu ter virado crente. Hoje estou noiva e sonho entrar na igreja ao som de "Como é grande o meu amor por você", de Roberto Carlos — conta ela, que também é fã da Marrom: — Outro dia, fui fazer uma oração e na casa tinha um DVD da Alcione. Falei: "Vamos assistir, depois a gente ora (risos)!". Mas nem sempre ouço esse tipo de música. Nem tudo me convém fazer, porque vão me julgar.