Na terça feira (21), o historiador e ativista político francês Dominique Venner, de 78 anos, se suicidou no altar da Catedral de Notre Dame, em Paris, em protesto contra a aprovação de uma lei que autoriza o casamento gay no país.
Venner, era membro do Movimento Nacionalista Europeu, conhecido como movimento anti-gay francês, e tirou sua vida após ter publicado um último texto em seu site, no qual protesta contra a lei que autoriza o casamento gay, promulgada neste sábado (18), pelo presidente francês François Hollande. No texto, Venner critica ferozmente a aprovação pelo Parlamento francês, da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De acordo com a agência de notícias RPT, as autoridades locais encontraram uma carta junto ao corpo do historiador, que não fez nenhuma declaração às pessoas que estavam na catedral antes de disparar a arma dentro da própria boca.
No momento do disparo, a catedral estava cheia, mas o suicídio não causou pânico no local, que logo foi evacuado pela polícia francesa.
- Vamos rezar por este homem como por tantos outros que estão desesperado.É terrível, pensamos nele e na sua família – comentou o Monsenhor Patrick Jacquin, reitor de Notre-Dame que disse ainda que Venner, “era um desconhecido, não era um fiel da catedral”.
No dia seguinte ao suicídio do ativista político, ativista do grupo Femen protestou com os seios nus e uma pistola de brinquedo na catedral.
- Que o fascismo descanse no inferno – dizia a mensagem sobre o tórax da feminista, que colocou a pistola falsa na boca, em referência ao suicídio de Venner, segundo a agência EFE.
- O Femen faz um apelo pela morte do fascismo no mesmo lugar onde o ativista de extrema direita Dominique Venner se suicidou ontem à tarde. Nossa ativista foi detida pela polícia – escreveu a organização em sua conta no Facebook.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção por casais gaus são dois dos assuntos que mais causado discussão na França, onde dividem opiniões. Um pesquisa feita pelo instituto BVA mostra que 58% da população francesa se declara favorével ao casamento gay. A França é o 14º país no mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Por Dan Martins, para o Gospel+