Ativistas pró-vida e pró-família da Nigéria estão se mobilizando para dar apoio a um projeto de lei que proibiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. O Senado da Nigéria, país mais populoso da África, em meio a ameaças do Reino Unido de cortar assistência se o mesmo não proteger os “direitos” homossexuais, já se mobilizou para a favor da proibição do casamento homossexual. “A [organização pró-vida] “Vida Humana Internacional” (VHI) da Nigéria está juntando forças com outras organizações para uma mobilização para defender esse projeto de lei”, disse Chizoba Nnagboh, diretor na Nigéria da VHI. Um dos principais patrocinadores do projeto, o senador Domingo Obende, recentemente reconheceu que as pressões de um debate mundial sobre o casamento de mesmo sexo estão levando alguns países a legitimar a prática homossexual, enquanto outros estão à beira de fazer isso. Ele frisou que a Nigéria precisa agir muito rápido para que essa tendência não ache um meio de entrar no país. Nnagboh exortou o Senado a proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois isso “levará ao colapso da sociedade”. Uma versão do projeto de lei chegou a tramitar no Poder Legislativo em 2006, mas nunca foi para votação. O projeto foi reintroduzido em 2008, e passou por duas revisões, mas também nunca foi colocado para votação. Organizações como Human Rights Watch, Anistia Internacional e a Comissão Internacional de Direitos Humanos para Gays e Lésbicos estão pressionando o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan a vetar o projeto se o Congresso o aprovar. David Cameron, primeiro-ministro da Inglaterra, recentemente ameaçou cortar assistência a países africanos, como a Nigéria, que buscarem proteger a santidade do casamento. O primeiro-ministro Cameron disse que aqueles que estão recebendo assistência do Reino Unido têm a obrigação de “respeitar direitos humanos específicos”. Eliminar as leis que cometem “discriminação” contra a homossexualidade, pois foi uma das recomendações de um relatório interno da Reunião dos Chefes de Governo da Comunidade Britânica das Nações realizada em Perth, Austrália. Na semana passada, a VHI da Nigéria enviou uma carta de apoio ao projeto de lei que criminaliza o casamento de homossexual para o Senado da Nigéria antes de uma audiência pública sobre o projeto no 31 de outubro de 2011. “A VHI da Nigéria deseja declarar que embora respeite todas as pessoas como elas são, não tem de respeitar tal ataque em massa contra tudo o que é sagrado para nós e contra o bem de nossa sociedade”, declarou a carta. “O ‘casamento’ entre pessoas do mesmo sexo é uma ofensa aos nossos sentimentos religiosos e culturais” e “é um insulto para a instituição do casamento e para a família”. A carta foi assinada pelo diretor da VHI nigeriana, Nnagboh. David Mark, presidente do Senado da Nigéria, expressou apoio ao projeto de lei durante audiência pública. “Minha fé como cristão abomina isso. É incompreensível considerar o casamento de mesmo sexo. Não consigo entendê-lo. Não dá para se ter parte nisso”, disse o senador, alertando contra o que ele chamou de “importação de uma cultura estrangeira”. Há uma “forte determinação entre os nigerianos de continuar a preservar a cultura da vida apesar das influências externas que estão trabalhando para miná-la”, disse Nnagboh. “Os nigerianos têm uma paixão muito especial por preservar a santidade do casamento e a família tradicional, e esse projeto de lei veio para garantir que o casamento de mesmo sexo, que não só é tabu na cultura nigeriana, mas também ofensivo para os sentimentos religiosos dos nigerianos, não crie nenhuma raiz na Nigéria”, concluiu o diretor.
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