terça-feira, 7 de agosto de 2012

Estudo Semanal: O deus do dinheiro

“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro,
ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6.24).
Ou você serve a Deus ou se torna alvo da servidão a Mamom. Jesus radicaliza porque em nosso coração só tem lugar para devoção a um Deus: “Ninguém pode servir a dois senhores”.
Este texto nos ensina o que o dinheiro representa na vida das pessoas. Não se trata apenas de um instrumento de troca, de escambo. Não é um artifício impessoal de estabelecer relações comerciais. É sim, indubitavelmente, uma potestade que tem vida própria. Jesus coloca numa balança de um lado servir a Deus de outro o Dinheiro. A palavra está escrita em maiúscula “Dinheiro” pois vem do grego Mamom, o deus do dinheiro.
Os cristãos compreendem facilmente o espírito maligno da prostituição que paira sobre aqueles que vivem num estado pecaminoso na área sexual. A relação é a mesma para os avarentos e cobiçosos, os quais vivem sob a rédea de Mamom. Mas, neste caso, há um agravante, tornando muito mais difícil o diagnóstico: as pessoas raramente reconhecem que são avarentas.
Avareza na bíblia significa idolatria (Ef 5.5). Não é por outro motivo que Jesus exorta não ser possível servir ao Senhor e ao Dinheiro. Do contrário, haveria a quebra do primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas.
O dinheiro tem muitas características da divindade (potestade), segundo Richard J. Foster:
  • Promete segurança;
  • Oferece liberdade;
  • Exige a supremacia de tudo em nossa vida;
  • Dá poder;
  • Parece ser onipresente;
  • Reivindica onipotência.
Ele pode se tornar um ídolo, e, consequentemente, exigir e levar a pessoa a rejeitar valores basilares como amar a Deus de todo coração, família, ética, moral, saúde… Assim, “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10). Não é o dinheiro que produz todos os males, mas o apego exacerbado a ele, o qual leva a pessoa a perder a noção dos limites, fazendo qualquer coisa para obter mais dinheiro. É a máxima do “tudo por dinheiro”.
Esta degradação aumenta à medida que a devoção ao dinheiro é intensificada. O vendedor mente para fazer um bom negócio. O empresário suborna para ganhar uma concorrência. O trabalhador acaba com sua saúde em nome do sucesso. O marido perde seu casamento para ganhar mais e mais… É precisamente nisto que reside o aspecto sedutor do dinheiro: quanto mais deslumbrado por ele mais os limites serão quebrados.
Por outro lado, o dinheiro pode ser uma bênção desde que, e somente se, o Senhor Jesus for o Rei do nosso coração. Não viveremos para prosperar, mas prosperaremos à medida que buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça.                                                                        

 Pr. Hélder 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou? Comente.