Luteranos sugerem a Bento XVI que revogue a excomunhão do reformador
A pastora Margot Kässmann, 54 anos, instou o papa Bento XVI a gerar um gesto de reconciliação entre católicos e protestantes revogando a excomunhão do reformador Martim Lutero no marco das celebrações dos 500 anos da Reforma, em 2017.A excomunhão está firmada em bula do papa Leão X, de janeiro de 1521. Lutero queimou-a publicamente assim que a recebeu. Kässmann disse, em entrevista ao jornal Mannheimer Morgen, que chegou o momento de eliminar essa aresta entre católicos e protestantes. Comissões ecumênicas, lembrou a pastora, concluíram que a excomunhão de Lutero é "teologicamente injustificável". A revogação da bula Decet Romanum Pontificem teria um valor simbólico muito positivo para a humanidade, defendeu. Desde abril do ano passado, Kässmann é "embaixadora de Lutero", cargo criado pela Igreja Evangélica da Alemanha em vista aos preparativos do Jubileu da Reforma, em 31 de outubro de 2017. Durante aquele ano a Alemanha contará com uma série de celebrações, debates e atos dedicados à Reforma e ao reformador, com o propósito de reforçar o verdadeiro significado que o movimento teve na Igreja e no campo espiritual.ALC
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