quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Luteranos sugerem a Bento XVI que revogue a excomunhão do reformador


A pastora Margot Kässmann, 54 anos, instou o papa Bento XVI a gerar um gesto de reconciliação entre católicos e protestantes revogando a excomunhão do reformador Martim Lutero no marco das celebrações dos 500 anos da Reforma, em 2017.
A excomunhão está firmada em bula do papa Leão X, de janeiro de 1521. Lutero queimou-a publicamente assim que a recebeu. Kässmann disse, em entrevista ao jornal Mannheimer Morgen, que chegou o momento de eliminar essa aresta entre católicos e protestantes. 
Comissões ecumênicas, lembrou a pastora, concluíram que a excomunhão de Lutero é "teologicamente injustificável". A revogação da bula Decet Romanum Pontificem teria um valor simbólico muito positivo para a humanidade, defendeu. 
Desde abril do ano passado, Kässmann é "embaixadora de Lutero", cargo criado pela Igreja Evangélica da Alemanha em vista aos preparativos do Jubileu da Reforma, em 31 de outubro de 2017. Durante aquele ano a Alemanha contará com uma série de celebrações, debates e atos dedicados à Reforma e ao reformador, com o propósito de reforçar o verdadeiro significado que o movimento teve na Igreja e no campo espiritual.

ALC

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