Uma abordagem sobre o ocultismo no Egito e na Babilônia
Egito
No Egito o zoormorfismo (deuses em formas de animais) e o antropomorfismo (deuses em forma humana) faziam parte da religião. O Faraó era considerado uma teofania, uma encarnação do deus principal dos egípcios. Desse modo, cria-se que a natureza era regulada pela intercessão faraônica. Na qualidade de deus cabia ao faraó o papel de mediador dos homens perante as divindades, devendo para isso construir templo, residir cultos, organizar ritos funerários, norteado sempre pelos ensinamentos dos deuses.
Em busca da vida eterna, tumbas especiais e pirâmides eram erigidas a cada dia. Ritos, os mais diversos e até macabros, eram praticados para garantir a vida pós-morte. De maneira geral os egípcios eram completamente supersticiosos e todas as sua atitudes giravam em tordo dos auspícios do dia-a-dia. O culto dos mortos era uma prática egípcia das mais importantes, dentre os ritos mágicos. A grande pirâmide de Quéops mostra o quanto os egípcios eram fiéis as suas convicções religiosas.
Entre os egípcios, era comum também a crença de que os astros tinham influência sobre as diferentes partes do corpo. Assim, por exemplo, a cabeça pertencia ao deus Ra; os dentes, à deusa Selk; os joelhos, à deusa Neit; os pés, a Ftá; esses deuses se relacionavam com os astros. Quando alguém ficava doente, invocava-se o deus relacionado com ela. Magia e religião estavam intimamente ligadas no Egito.
Os símbolos ocultistas utilizados na magia eram: a serpente, o escaravelho e a chama. Também a numerologia tinha sua influência na vida, segundo as crenças egípcias.
As estatuas falantes era outra crença egípcia. Acreditava-se que a alma do morto podia ser consultada através de uma estátua. Os deuses por sua vez, também se incorporavam nas estátuas e podiam, assim, ser consultadas. A mais famosa estátua falante foi a de Amom, consultada pelos faraós antes de qualquer decisão a ser tomada. (6)
Babilônia
Os princípios que regeram a formação religiosa do antigo Egito são os mesmos aplicados à explicação religiosa da Mesopotâmia, com exceção de que o rei na mesopotâmia era apenas um escolhido dos deuses enquanto que no Egito esse rei ou faraó era a própria encarnação do deus principal. A ideologia religiosa desse povo envolvia um panteão numeroso de personalidades divinas, governado por deuses arbitrários, bons e ruins. Nesse contexto sociológico erguia-se um complexo sistema de relações, no qual incluía o culto, o exorcismo e a magia. Segundo relação encontrada na biblioteca de Assurbanipal (668-626), em Nínive, mais de 2.500 entidades eram divinizadas pelos mesopotâmicas. Marduk, deus da Babilônia, é elevado a deus principal pelo código de Hamurabi (XX a.C.). A religião de Marduk converteu-se na última das grandes sínteses das correntes espirituais mesopotâmicas. Nesse sentido o sincretismo ganhou importância. A figura de Marduk (Baal ou Bel) tinha dois rostos, correspondendo à sua dupla personalidade, como filho do sol e deus da magia, filho das águas profundas.
Para eles à hora da morte era uma decisão dos deuses. O mundo dos mortos consistia num universo de sombras e trevas que se esvaíam, como uma prisão sem saída.A primeira forma do culto consistia na oração e na liturgia de atendimento aos deuses. Estes como os mortais, deviam comer e beber, dormir e amar. Oferendas diárias deveriam ser oferecidas aos deuses, suas imagens expostas como forma de proteção, seus símbolos usados como sinal de bom agouro.
As rezas e preces, por vezes cantada em coro, expressava a admiração dos celebrantes, exaltava o poder da divindade e suplicava por sua intervenção.
A prática da consulta aos horóscopos é de origem caldaica (6), mas se tornou popular em toda a mesopotâmia. O horóscopo, sistema que relaciona datas e lugares geográficos à posição dos astros, passou a ser usado para previsões do futuro.
Os babilônicos acreditavam que todo o mal, físico ou psíquico, ligava-se ao pecado ou ocorria por ação de demônios, instigados por feiticeiros.
A prática de exorcismo era uma atividade mágica na religião mesopotâmica. Rezas, penitências, ritos especiais e outras práticas orientadas por sacerdotes eram feitas com o intuito de afastar as forças maléficas e abolir as causas do mal. (5 – adaptado).
Continua...
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