O ex-padre Roberto Francisco Daniel, mais conhecido como padre Beto, foi excomungado esta semana da Igreja Católica e se mostra indignado, já que o motivo seria sua defesa aos direitos homossexuais.
Ao falar sobre o caso, ele compara a situação com a dos padres pedófilos que mesmo cometendo tal crime não foram excomungados.
“Vejo com muita tristeza a incoerência dela [da Igreja], porque nós sabemos de casos que são notórios e públicos de pessoas, padres e bispos que erraram, que cometeram crimes de pedofilia, outros crimes também, que são punidos pela lei penal, mas não são excomungados. E a gente que simplesmente ajudou na reflexão sobre esses temas é excomungado”, disse ele para o portal UOL.
O padre Beto realizava trabalhos na igreja da cidade de Bauru, no interior de São Paulo, e tanto nas missas, como nos textos e vídeos postados na internet defendia uma reforma nos dogmas da igreja para que ela acompanhasse a transformação da sociedade.
Ao ser advertido pela diocese, o pároco teria que retirar o material postado na internet, porém ele não aceitou e pediu o afastamento. Dias após, a igreja anunciou que ele seria excomungado.
Impedido de participar das reuniões católicas, Roberto Francisco Daniel pretende continuar a vida religiosa como teólogo. “Sou teólogo formado, tenho doutorado e vou continuar contribuindo com a reflexão sobre Deus, sobre o mundo e como eu já comecei sobre a sexualidade humana, sobre o comportamento humano e sua relação com Deus”.
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