quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Marina Silva diz defender o direito de homossexuais à união civil, mas afirma ser errado usar o termo “casamento”



A candidata Marina Silva (PSB) afirmou durante entrevista que aceita a união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas frisou que a palavra casamento é a representação da união entre um homem e uma mulher.
Em meio às discussões sobre os rumos que um país de mais de 202 milhões de habitantes tomará a partir de 2015, quando o novo presidente comandará o Palácio do Planalto, a mídia voltou a dar ênfase às propostas feitas pela coligação de Marina Silva para um grupo social específico, os homossexuais.
Na entrevista de Marina ao Jornal da Globo, na madrugada da última terça-feira, 02 de setembro, a ex-senadora interrompeu os jornalistas para dizer que ela discorda do uso do termo “casamento” para a união civil gay: “Em termos da palavra casamento está errado, porque o que nós defendemos é a união civil entre pessoas do mesmo sexo. O certo seria Marina Silva é a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo”, disse, de acordo com informações do portal Uol.
Marina, que em outra ocasião disse que não há motivo para debates sobre o assunto, afinal do Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu favoravelmente pela união homossexual, reforçou suas explicações sobre a polêmica em torno de seu programa de governo.
A candidata afirmou que houve um equívoco na divulgação do material, pois por falta de revisão, um trecho redigido por ativistas gays foi colocado no capítulo que trata das políticas públicas para o movimento LGBT, ao invés do que havia sido acordado entre ela e o falecido Eduardo Campos.
“O documento que foi encaminhado como contribuição pelo movimento LGBT não foi considerado documento da mediação do debate, foi um documento tal qual eles enviaram”, explicou Marina.
Questionada se as ações de seu governo seriam influenciadas por sua fé evangélica, Marina chamou a atenção para outro ponto, afirmando que sua crença tem sido usada pelos adversários políticos de forma equivocada para acusá-la de ser uma extremista religiosa: “Isso é uma forma que as pessoas foram construindo, ou estão construindo, pra tentar passar uma imagem de que eu sou uma pessoa que é fundamentalista”, rebateu a ex-senadora.
Ao final, Marina foi questionada sobre suas leituras da Bíblia Sagrada, e afirmou que as Escrituras são uma fonte de inspiração para ela: “Dificilmente encontra-se uma pessoa que diga que é 100% racional. Essa pessoa estaria presa à realidade, e teria uma subjetividade muito pobre”, contrapôs.

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