quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cristãos temem por suas vidas na Primavera Árabe


Cristãos temem por suas vidas na Primavera Árabe     A Primavera Árabe - esse movimento crescente de desabrochar político de países árabes, iniciado no ano passado, em busca da democracia - pode significar a sentença de morte para os cristãos em algumas partes do norte da África e do Oriente Médio, segundo os relatos de ativistas dos direitos humanos.

    Os casos de perseguição têm aumentado drasticamente desde que o presidente Hosni Mubarak foi derrubado do poder, no início deste ano no Egito, onde vivem cerca de 10 milhões de cristãos.

    A International Christian Concern (ICC), entidade global que luta pelos direitos dos cristãos, disse: "Pelo menos, Mubarak mantinha o fundamentalismo islâmico encostado. Agora que ele se foi, não existe nenhuma proteção."

    "Os cristãos no Egito estão extremamente temerosos. Estamos ouvindo cada vez mais histórias preocupantes de perseguição contra eles", disse a ICC.

    Na Síria, existe 1 milhão e meio de cristãos, a segunda maior população de cristãos das nações árabes, mas eles enfrentam um dilema moral.

    Até agora, eles têm apoiado o presidente Bashar al Assad contra as reformas pró-democracia, pois têm medo de que um novo regime possa varrer o cristianismo do país.

    Os cristãos sírios são vistos como quem apoia o governo de Assad, pois durante 11 anos de governo eles desfrutaram de grande liberdade religiosa.

    O fato de eles se recusarem a ir contra Assad pode ser crucial para a salvação deles.

    Dr. Habib Malik, professor do Instituto Americano do Líbano, disse: "Mesmo nas áreas que estão fora da Primavera Árabe, os cristãos estão fugindo. No Iraque, mais da metade dos esquerdistas do país fugiu após a Guerra do Golfo, pois eram acusados de colaboração com as forças de coalizão da época".

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