sábado, 2 de julho de 2011

Colunista da Revista Veja comenta de forma sábia o vilipêndio na avenida Paulista - SP

Reclamei do silêncio da Igreja Católica diante do claro vilipêndio contra ícones — e valores — do catolicismo na parada gay. Cometi uma injustiça pelo menos num caso. Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, já manifestava seu desagrado nesta segunda-feira. É um homem importante da Igreja Católica no Brasil, mas ainda é pouco. Cadê a CNBB, sempre tão loquaz, especialmente em alguns assuntos seculares? Reproduzo, ainda que com atraso, o texto do Estadão em que dom Odilo censurou o uso indevido de santos católicos.
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O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, classificou, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”, como “infeliz, debochada e desrespeitosa” a colocação de cartazes com imagens de santos católicos em postes da avenida Paulista, durante a “Parada Gay”, realizada neste domingo (26). Para o arcebispo, o “uso instrumentalizado” das imagens por parte da organização do evento “ofende o sentimento da Igreja Católica”.
“A associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito”, disse dom Odilo. “Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar.”
Para o cardeal, a organização do evento pregou os cartazes “provavelmente” para atingir a Igreja Católica. “Porque a Igreja tem manifestado sua convicção sobre essa questão e a defende publicamente.”
O cardeal também voltou a manifestar posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, “Amai-vos uns aos outros” (parte de versículo do Evangelho de São João). “Jesus recomenda ‘Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei’. O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus”, salientou dom Odilo.
Por Reinaldo Azevedo - Revista Veja

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