terça-feira, 1 de novembro de 2011

Admissão da Palestina na Unesco afeta processo de paz, diz Israel


Sob duras críticas dos Estados Unidos e advertência de Israel a Palestina foi aceita como membro pleno na Unesco com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 votos contra. A decisão poderá dificultar o processo de paz entre Israel e Palestina.
O governo dos Estados Unidos já anunciou que deixará de conceder fundos à Unesco – agência cultural da ONU – após a aprovação da entrada da Palestina como Estado-membro pleno.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, a decisão da Unesco foi “lamentável, prematura e mina o objetivo comum para um acordo de paz justo e duradouro” entre israelenses e palestinos.
Já Mahmud Abbas comemorou a decisão como uma vitória para os direitos de seu povo.
“Aceitar a Palestina na Unesco é uma vitória para (os nossos) direitos, para a justiça e para a liberdade”, afirmou seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina, citando declarações feitas por Abbas em uma ligação a partir de Amã.
“Este é um momento histórico que devolve à Palestina alguns de seus direitos”, afirmou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al Malki.
Israel lamentou a entrada da Palestina e já anunciou que reformulará sua cooperação para com a Unesco. Também anunciou que a decisão afasta ainda mais a possibilidade de um acordo de paz.
“Trata-se de uma manobra unilateral palestina que não trará nenhuma mudança no terreno, mas afasta ainda mais a possibilidade de um acordo de paz. Esta decisão não transformará a Autoridade Palestina em Estado, mas colocará obstáculos desnecessários ao caminho para renovar negociações”, afirmou o Ministério de Relações Exteriores israelense em comunicado.
A nota ainda adverte que “após esta decisão, o Estado de Israel considerará seus próximos passos sobre a cooperação com a organização”.
Votaram a favor do ingresso, entre outros, Índia, China, Espanha e França, enquanto Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Israel rejeitaram e se abstiveram o Reino Unido, Colômbia, Japão e México

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