sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ministra ‘abortista’ já corre o risco de ser demitida

A ministra Eleonora Menicucci assume nesta sexta-feira a Secretaria de Políticas para as Mulheres e já corre o risco de perder o cargo devido as declarações polêmicas de que é a favor do aborto e que teria feito ao menos dois. A bancada evangélica reagiu as posições da ministra e as declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Fórum Social, no fim do mês passado e agora deverá ser convocado a prestar esclarecimento.
De forma contundente, os parlamentares evangélicos manifestaram insatisfação e ameaçam deixar a base aliada. O pastor Silas Malafaia, pastor Marco Feliciano e até o senador Magno Malta expressaram “preocupação” com as declarações de Carvalho e Eleonora. Há dois dias, os evangélicos estão em pé de guerra com o ministro Gilberto Carvalho. “Esse governo fala tanto em discriminação, e vem agora um ministro tomar uma posição de discriminação em relação aos evangélicos, chamando-os de retrógrados e dizendo que a lei do aborto não é aprovada por causa dos evangélicos. Não é a lei do aborto, é a lei do assassinato de crianças indefesas”, protestou o líder do PR, Lincoln Portela (MG).
Entrevistas - Professora e socióloga, Eleonora Menicucci declarou em entrevistas, assim que foi escolhida para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, que considera a discussão do aborto no Brasil como uma questão de saúde pública. Para ela, aborto não é uma questão ideológica.
Em nota lida pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), evangélica, o ministro afirma que suas declarações foram, divulgadas na internet de forma “distorcida e equivocada” e acabaram por motivar críticas agressivas a ele. “De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva”, argumentou o ministro.

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