O jornalista Andre Barcinski, crítico do jornal Folha de S. Paulo, criticou em um artigo as orações feitas por atletas brasileiros ao comemorar vitórias e conquistas de títulos. No texto, intitulado “Brasil é ouro em intolerância”, Barcinski classifica como intolerância religiosa fatos como o ocorrido quando a seleção feminina de vôlei conquistou o ouro olímpico em Londres, e comemorou com a oração do “Pai Nosso”.
- O que aconteceria se alguma jogadora da seleção de vôlei fosse budista? Ou mórmon? Ou umbandista? Ou agnóstica? Ou islâmica? Alguém perguntou a todas as atletas e aos membros da comissão técnica se gostariam de rezar o “Pai Nosso”? Ou será que alguns se sentiram compelidos a participar para não destoar da festa? – questionou o jornalista, que frisou ainda a laicidade do estado brasileiro.
Ele questionou ainda se manifestações religiosas como essa não estariam atrapalhando o caráter multireligioso do país, e afirmou que em 2014 e 2016, as entidades responsáveis pela Copa do Mundo e Olimpíadas deveriam tomar atitudes para evitar esse tipo de manifestação, classificadas por ele como “festivais públicos de intolerância”.
- Liberdade religiosa só existe quando não se mistura religião a nada. Nem à política, nem à educação, nem à ciência e nem ao esporte – afirmou o jornalista.
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