O pastor evangélico e deputado estadual Édino Fonseca foi eleito pelo PEN no Rio de Janeiro.
Reeleito ao cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em 2010, com 77.061 votos, ficou famoso ao defender que as igrejas deveriam lutar contra as 5 leis que o Anticristo estaria criando para destruir as igrejas do Brasil.
Ligado à Catedral da Bênção, ele tem sido chamado ultimamente de o ‘Marco Feliciano carioca’. O motivo é por que apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que oferece tratamento médico, psicológico e psiquiátrico para homossexuais.
Édino afirma que se baseia em estudo da CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), que afirma que o homossexualismo é “doença”. Publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial do RJ, a lei defende que o Estado deve garantir o acesso à saúde pública dos cidadãos que sofrem com as ‘patologias descritas pela CID como o transexualismo, transtorno de identidade sexual na infância, travestismo fetichista, transtornos múltiplos da preferência sexual.
Obviamente este é um ponto polêmico, pois vai contra a maioria dos argumentos dos ativistas LGBT.
“Ninguém é obrigado, neste caso, a ir ao médico para se tratar. O que não pode é o Estado se omitir quanto ao tratamento dessas pessoas, que vivem conflitos internos e externos violentos, e são privados de pleitear ajuda junto a quem de obrigação, caminhando para a trilha sem volta do suicídio”, explica o projeto de Lei do deputado.
O deputado acredita que a Classificação Internacional de Doenças irá desestimular a distribuição em escolas dos chamados kits contra a homofobia. “Eles aprendem a prática homossexual. Isso é a prova da doença, que precisa ser tratada”, justifica.
O parlamentar explica que está tentando ajudar os gays. “Recebo casos em que eles dizem que têm ódio do que fazem e não conseguem se libertar. O projeto vai acabar com esse negócio de perseguição. A CID 10 comprova que eles são doentes e precisam ser tratados”, asseverou ao jornal O Dia.
Curiosamente, Cláudio Nascimento, coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, diz que o projeto irá ajudar a comunidade GLBT. “Ao analisar friamente o processo, vejo que ele, se pensou em gerar constrangimento, deu um tiro no pé, pois todos vão passar a ter atendimento à saúde”, comemora.
Outros ativistas, como Charlene Rosa, a coordenadora do Programa GLBT de Duque de Caxias, o projeto na prática vai diminuir a perseguição contra os gays. Neno Ferreira, presidente da Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita, acredita que agora os transexuais poderão receber tratamentos igualitários no SUS.
Com informações de IG.
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