sexta-feira, 10 de maio de 2013

Estudo comprova o impacto da oração nos relacionamentos


Um estudo inédito revela que orar por um par romântico ou uma pessoa próxima (familiar ou amigo) pode levar a um comportamento mais cooperativo e tolerante em relação a essa pessoa.  O material foi divulgado pelo dr. Frank D. Fincham, pesquisador da Universidade Estadual da Flórida e diretor do Centro de Estudos da Família da mesma instituição.
Os resultados são significativos por serem os primeiros a atestar que os parceiros que se tornam “objeto” das orações relataram uma mudança positiva no comportamento da pessoa que orava por eles.  “Minha pesquisa anterior havia mostrado que aqueles que oraram por seu parceiro relatam um comportamento mais sociável em relação a seu parceiro, mas ouvir apenas uma parte seria um relatório potencialmente tendencioso”, explica Fincham.
“Este conjunto de estudos é o primeiro a utilizar indicadores objetivos mostrando que a oração realmente mudou o comportamento e que este comportamento era evidente para o outro parceiro, no caso, o sujeito da oração.”
Além disso, os pesquisadores concluíram que as pessoas que faziam orações tinham um comportamento mais positivo em relação a seus parceiros em comparação com os que não oravam pelo seu parceiro.
Fincham é um dos vários autores do estudo liderado pelo doutor Nathanial Lambert, professor na Universidade Brigham Young. Seu artigo, “Tendências à cooperação e ao perdão: Como a oração transforma a motivação”, foi publicado na revista científica Personal Relationships . Além de Lambert e Fincham, participaram do estudo C. Nathan DeWall e Richard Pond, da Universidade de Kentucky e Steven R. Beach, da Universidade da Geórgia.
O artigo assinado por eles relata os resultados de cinco estudos diferentes, tentando descobrir se orar por alguém muda a maneira das pessoas agirem, exibindo um comportamento mais cooperativos, tanto a curto quanto a longo prazo. Eis as conclusões:
  • Os participantes que oraram com mais frequência pelo seu parceiro demonstravam ser menos agressivos durante uma discussão sobre algo que o parceiro tenha feito que causasse irritação.
  • Os parceiros de participantes que oraram por eles notaram um comportamento mais tolerante que os parceiros dos participantes que apenas separavam um tempo a cada dia para “pensar em coisas positivas” sobre eles.
  • Os participantes que se dispunham a orar logo após algum comportamento ofensivo do parceiro eram mais cooperativos com os seus parceiros que os participantes que apenas diziam “pensar em Deus”.
  • Os participantes que oraram por um parceiro no mesmo dia em que o conflito ocorreu demonstravam níveis mais elevados de cooperação e perdão que nos dias em que ocorreu um conflito mas eles não oraram.
“Estes resultados destacam o benefício potencial do uso da oração, onde é permitida, em clínicas ou em programas de educação de relacionamento”, escreveram os pesquisadores.
Além de oferecer uma base maior para terapia de casais de clientes religiosos, os resultados dessa pesquisa também podem ajudar a esclarecer os tipos de intervenções que aumentam a cooperação entre casais não-religiosos, alerta o artigo.
Até recentemente, os cientistas sociais evitavam estudar religião, espiritualidade e, especialmente, a oração, Fincham diz que isso é inevitável, já que cerca de 5 bilhões de pessoas, quase 75% da população do mundo, professam alguma fé religiosa.
“A oração é uma forma de atividade espiritual comum a todas as tradições religiosas…  No entanto, sabemos muito pouco sobre o seu papel nos relacionamentos amorosos. Esta é a primeira vez que os indicadores objetivos podem  documentar o impacto da oração nas relações.” encerrou o doutor Fincham.
Ao ser questionado se outros fatores podem ter contribuído para a mudança nas relações das pessoas que participaram da pesquisa, Fincham respondeu que fizeram o melhor possível para evitar isso.
“Nós usamos métodos de pesquisa rigorosos, que incluíam dados experimentais. Ou seja, nós expomos aleatoriamente os participantes às condições experimentais. Eles foram testados especificamente se os resultados poderiam ser um mero acaso…  a replicação dos resultados em estudos diferentes não permite se usar a palavra “coincidência” como uma explicação plausível.” 
Com informações de Christian Post e Charisma News.

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