sexta-feira, 28 de junho de 2013

Manifestantes fazem ‘beijaço’ em ato contra Feliciano em frente à sede do PSC em SP



Aproximadamente 300 ativistas protestaram em frente da sede do Partido Social Cristão (PSC) na noite da quarta-feira (26) contra o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e contra o polêmico projeto que permite o tratamento psicológico aos homossexuais. O grande destaque dessa manifestação foi um ‘beijaço’ realizado pelas centenas de homossexuais presentes. “Vem para a rua contra a cura” foi um dos gritos ouvidos na região. Os manifestantes portavam ainda apitos, bandeiras do movimento gay e muitas faixas e cartazes pedindo a saída de Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados e criticando o projeto que ficou conhecido como ‘cura gay’, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO).

Os ativistas consideram que o pastor é homofóbico e racista. Eles cantaram marchinhas como “doutor, eu não me engano. Quem é doente é o Feliciano”.
A sede do PSC, que estava vazia, foi pichada com os dizeres “Fora Feliciano!”. Em frente a esse espaço, os manifestantes encerraram o protesto com vaias.
“Esse beijo é para mostrar que não temos vergonha de ser quem somos [gays]. Não precisamos de cura, porque não somos doentes”, discursou um dos ativistas pelo megafone.
Esse movimento acabou por volta das 21 horas. No início da noite da quarta (26), eles caminharam pela pista sentido Paraíso da Avenida Paulista, que foi totalmente bloqueada, e seguiram pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio nos Jardins. Duas faixas dessa via foram ocupadas. Finalizaram a marcha perto da Assembleia Legislativa e em frente à sede do PSC.
Segundo a Polícia Militar (PM) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), nenhuma ocorrência foi registrada.
O projeto de decreto legislativo 234/2011 pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais. O outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais.
A aprovação desse projeto, que ficou conhecido como ‘cura gay’, pela CDHM na semana passada motivou protestos em diversos estados desde então. Este foi o segundo protesto realizado na capital paulista contra o parlamentar em menos de uma semana, por exemplo.
Antes de virar lei, o caso deverá ainda passar pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça para, então, chegar ao plenário da Câmara dos Deputados e ser apreciada pelos demais deputados. Depois dessa aprovação, o projeto segue para a análise do Senado e da presidenta Dilma Rousseff.

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