O padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, excomungado em abril deste ano, vai entrar na justiça para recorrer da decisão da Diocese de Bauru (SP) usando a declaração do papa Francisco como defesa.
Ao deixar o Brasil depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) o líder máximo da Igreja Católica deu entrevista aos jornalistas dizendo que não cabe a ele julgar os homossexuais.“Se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-la?”, disse Jorge Mario Bergoglio.
Para o padre Beto os dizeres de Francisco põem em xeque a decisão da igreja em excluí-lo do cargo por defender os direitos dos gays. Em entrevistas e até mesmo em sua página pessoal o padre Beto defendia o casamento gay e aceitação da prática homossexual pela Igreja.
O bispo da cidade, Dom Caetano Ferrari, chegou a pedir que ele se retratasse e retirasse seus artigos da internet, mas o padre não aceitou a orientação.
A excomunhão aconteceu dias depois e o padre Beto até pensou em processar a Diocese, mas não chegou a entrar com a ação judicial. O que o motivou a fazer isso quase quatro meses depois foi a declaração do papa.
“Fui tratado como um adolescente. Fui exposto publicamente”, disse ele em entrevista afirmando que está processando a Diocese de Bauru e não a Igreja Católica Apostólica Romana. “Essa ação judicial é também para que todo brasileiro entenda que nenhuma instituição pode fazer isso com uma pessoa”.
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