O padre holandês Norbert van der Sluis, 52, de Liempde, da província North Brabant, se recusou a celebrar funeral ao corpo de um homem idoso que tinha decido morrer por eutanásia porque sofria muito de uma doença.
Sluis disse que seguiu a orientação da Igreja Católica. “[Por isso], quando se trata de eutanásia, a minha resposta tem de ser não”, afirmou ele à Rádio Holanda. Falou que a sua decisão tem o apoio dos bispos seus superiores.
Em 1980, o papa João Paulo 2 emitiu um documento oficial esclarecendo que a eutanásia e o suicídio assistido estão no mesmo nível dos assassinatos.
Mesmo assim Sluis tem recebido muitas críticas de fiéis. A indignação deles aumentou quando o padre impediu que a família do homem procurasse na paróquia outro sacerdote para encomendar o corpo.
“Por questão de consciência, não posso permitir a celebração por um colega da missa do funeral na minha igreja”, afirmou.
A imprensa holandesa informou que, no país, cerca de 3.000 pessoas morrem por ano por eutanásia. Apesar disso, o padre Sluis foi o primeiro a deixar um corpo sem funeral. Ele tem recebido apoio dos fiéis mais conservadores.
O próprio papa João Paulo 2 (1920-2005), contra a sua vontade, teria morrido de eutanásia em uma decisão do Vaticano e de seus médicos para abreviar os sofrimentos da agonia, de acordo com uma tese polêmica defendida pela médica italiana Lina Pavanelli, especialista em tratamento intensivo de pacientes.
Ela argumenta que a informação do Vaticano de que o papa tinha morrido de insuficiência respiratória aguda não se sustenta. O caso de JP 2, diz, era mais grave, porque o mal de Parkinson já tinha afetado os músculos de sua garganta, impedindo-o de engolir qualquer coisa.
A médica escreveu um artigo com o título “A doce morte de Karol Wojtyla” explicando porque, no seu entender, a morte do papa não foi natural, mas provocada.
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