Patrícia Amorim prometeu investigar caso de pedofilia no clube, mas negou participação de um diretor
O senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, disse nesta quarta-feira, no Ministério Público do Rio de Janeiro, que vai pedir a reabertura de um processo contra um diretor do Flamengo.
"Vamos pedir o desarquivamento do processo em que ele já foi acusado de pedofilia, mas que não foi adiante, mesmo ele sendo preso em flagrante", afirmou o senador. Ele disse também que a pedofilia não é um crime hediondo, mas que luta para mudar a classificação.
"Quem mexer com criança tem que pegar pelo menos dez anos", disse o senador.
Acompanhado dos pares Demóstenes Torres e Romeu Tuma, Malta foi ao Rio de Janeirose encontrar com o Procurador-Geral de Justiça do Rio De Janeiro, Cláudio Lopes, e a Promotora de Justiça Ana Lúcia Melo para discutir o caso do diretor acusado de pedofilia.
"Viemos porque a denunciante é muito contundente. Não gagueja e não se amedronta. A moça disse ter visto o diretor no bar manipulando o órgão sexual da criança debaixo do short. Ela disse ter fotografado com o celular. Já prendi muito padre, pastor e promotor da Infância de Alagoas. Se ele for culpado, vai pagar pelo que fez. O pedófilo é revelado, não existe pedófilo de uma criança só", afirmou o senador que irá convocar o investigado para depor na CPI em Brasília.
Segundo Cláudio Lopes, se ficar comprovado algum ato libidinoso com a criança, o diretor poderá sim ser enquadrado na Lei de Crimes Hediondos. A ação seria classificada como crime de estupro em vulnerável.
No último sábado, a diretoria do Flamengo enviou uma nota oficial negando que um dirigente do clube estaria sendo investigado no caso de pedofilia, denunciado no último dia 8. Apesar de negar que seja uma pessoa do alto escalão rubro-negro, a diretoria reconheceu que o suspeito é funcionário do Flamengo.
Entenda o casoEm denúncia feita no dia 8 de fevereiro, uma associada do clube afirmou ter visto um dirigente "acariciando ostensivamente o órgão sexual" de um menino de aproximadamente 10 anos nas imediações da sede da Gávea alguns dias antes.
Ao se aproximar do local, a denunciante, de acordo com seu depoimento à polícia, ouviu o acusado dizer para a criança: "você é gostosinho. Você é bonitinho". A associada, então, seguiu para o clube à procura do responsável pela criança, acreditando que o menor poderia ser filho de algum atleta ou estivesse tentando entrar no clube através de uma peneira.
Como não encontrou os pais do menor na sede da Gávea, a denunciante se dirigiu a um outro diretor do clube rubro-negro e, em seguida, à presidente Patrícia Amorim, para denunciar o ocorrido. Ao tomar conhecimento da denúncia, a presidente prometeu investigar o caso.
Ainda segundo a denúncia feita pela associada do clube, a criança teria revelado que recebeu R$ 100 do suposto abusador, além de promessas de ingressos. Ela também afirmou que o acusado costumava estar sempre "acompanhado de crianças, gastando mensalmente uma elevada quantia em roupas e outros itens na butique do clube com o intuito de presentear as crianças".
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