Os cientistas também estudaram os efeitos de diferentes estilos parentais, e descobriram que crianças de dezesseis anos de idade cujos pais são “desligados” – sem envolvimento com seus filhos, que não estrutura suas atividades nem estabelece padrões para o seu comportamento – são oito vezes mais propensos a beber ainda adolescentes, e duas vezes mais propensos a continuar fazendo isso na casa dos trinta.
A melhor maneira para os pais de evitar o consumo excessivo de álcool por parte dos filhos é usando uma abordagem que os pesquisadores definiram como “duro amor”. Os pais que se inserem nesta categoria tendem a esperar que seus filhos sigam regras da casa e tenham limites, mas estes são definidos e negociados dentro de um contexto que encoraja a autonomia das crianças na tomada de decisão. Esses pais têm padrões elevados, mas sustentam seus filhos calorosamente em aderir a eles, e aplicam regras sem serem agressivos.
Segundo os cientistas, o divórcio não fará com que seu filho seja um bebedor, mas a instabilidade e o estresse em torno de um relacionamento afetam pais e filhos.
Relacionamentos difíceis e altos níveis de estresse para os pais com crianças pequenas as comprometem mais tarde, e sua relação com o álcool não é exceção.
Porém, enquanto o divórcio pode ter um efeito sobre as crianças, os pais podem atenuar este efeito, mantendo relações amorosas com seus filhos – mas sendo rigorosos, quando necessário.
Os pais que se tornam “desinteressados” como resultado do estresse do divórcio podem aumentar o risco de seus filhos de beber em excesso. Mas se eles forem capazes de manter uma abordagem de “duro amor”, podem também ser capazes de ajudar seus filhos a desenvolver uma relação saudável com o álcool, independentemente da sua separação.
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