quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Parlamento francês reafirma a intenção de abolir a prostituição

Os deputados da França aprovaram nesta terça-feira, por voto direto, uma declaração que reafirma a intenção de abolir a prostituição, devendo ser apresentado, ainda hoje, um projeto de lei para punir os clientes.A resolução, preparada por deputados da direita e da esquerda, recebeu apoio dos líderes dos grupos políticos franceses, mas não tem valor obrigatório.
Destaca que o objetivo, a longo prazo, "é uma sociedade sem prostituição" e que essa atividade "não pode, em nenhum caso, ser assimilada a um exercício profissional".
A votação deve ser seguida, agora à noite, pela apresentação, na Assembleia, de um projeto de lei voltado para penalizar o cliente, a exemplo do que vigora na Suécia desde 1999.
Atualmente, a prostituição não é considerada ilegal na França, embora a justiça puna com prisão e multas os exploradores da atividade e as mulheres que atraiam clientes nas ruas.
O debate sobre a prostituição foi reaberto numa França ainda sob o impacto do escândalo protagonizado pelo ex-titular do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, que chegou a ser detido por tentativa de estupro de uma camareira, em maio em Nova York.
Strauss-Khan também foi mencionado no caso da rede de prostituição do hotel Carlton de Lille (norte da França).
Representantes do governo francês, entre eles a ministra da Solidaridade, Roselyn Bachelot, defendem o sistema sueco, que pode impor até seis meses de prisão aos que recorrerem ao comércio do sexo.
No total, 20.000 pessoas exercem atividades de prostituição, na França.



Notícias Cristãs com informações da AFP

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