Clínicas britânicas estão fazendo abortos quando mulheres rejeitam o bebê por não ter o sexo que desejavam. A chocante notícia foi divulgada pelo Daily Telegraph nesta quinta-feira, e mostrou que a rejeição se dá principalmente no caso de fetos femininos. O ministro da Saúde da Inglaterra, o conservador Andrew Lansley, manifestou preocupação com essa denúncia e disse que irá iniciar uma investigação profunda sobre o assunto, segundo a agência Efe.
A publicação realizou a reportagem por meio de câmaras escondidas e descobriu que alguns médicos de hospitais particulares consentem no aborto em virtude do sexo do bebê, prática totalmente ilegal na Inglaterra.
Grávidas em consultas ginecológicas foram acompanhadas por repórteres em centros de saúde particulares no Reino Unido. Nas ocasiões, mulheres que não estavam satisfeitas com o sexo do bebê marcavam cirurgias de abortos.
O preço cobrado pelo procedimento variava entre 240 e 270 euros, em uma das clínicas foi oferecida ainda a falsificação dos papéis para realização da cirurgia.
Em uma da consultas presenciada pelo repórter, uma mulher, grávida de oito semanas, explicou a uma médica de uma clínica de Manchester, no norte da Inglaterra, que queria interromper sua gravidez porque ia ter uma menina. A especialista consentiu em realizar o procedimento. Outro aborto foi marcado quando uma mulher grávida de um feto masculino de 18 semanas conseguiu revelou ao médico que que queria uma menina, pois já tinha um menino.
Segundo um estudo da Universidade de Oxford, foram realizados na Grã-Bretanha 189.574 operações de aborto somente em 2010, 8% a mais do que há dez anos.
O levantamento ainda revelou que entre 1969 e 2005 aumentaram os casos de escolha do sexo do bebê por meio de abortos. Isso ocorreu particularmente nos nascimentos de meninas entre a comunidade hindu que vive na Grã-Bretanha.
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