domingo, 22 de julho de 2012

Cristão pode namorar com incrédulos? Pastor Renato Vargens afirma que “a Bíblia não recomenda”. Leia na íntegra

O namoro entre cristãos e pessoas não convertidas ao evangelho é um assunto que gera debates acalorados entre jovens evangélicos e suas lideranças.
A favor, os adeptos da liberdade de namorar, noivar e casar com pessoas que professam outra fé afirmam que esse pode ser um meio de aproximá-los de Cristo, enquanto que os contrários, afirmam que a Bíblia proíbe uniões desse tipo.
O pastor Renato Vargens publicou em seu blog um artigo sobre o tema, e se posicionou claramente contra o namoro entre cristãos e não cristãos: “enumerar inúmeras razões porque não concordo com o namoro entre cristãos e não cristãos, mas, vou citar somente uma: A Bíblia, a Palavra de Deus não recomenda”.
Segundo Vargens, quem argumenta contra essa recomendação dizendo que trata-se de “caretice” desconhece o “ensino bíblico de que não devemos nos colocar em jugo desigual com os incrédulos”, citando a passagem bíblica de II Coríntios 6:14.
O pastor frisa que “o fato de existirem discrepâncias espirituais pode proporcionar um seriíssimo problema relacional entre aqueles que se gostam”, e cita ainda a confissão de fé de Westminster, que não recomenda o casamento entre um cristão e um incrédulo nessa fé.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Razões porque está errado o namoro entre cristãos e não cristãos”, do pastor Renato Vargens:
Eu poderia enumerar inúmeras razões porque não concordo com o namoro entre cristãos e não cristãos, mas, vou citar somente uma: A Bíblia, a Palavra de Deus não recomenda.
Talvez ao ler essa afirmação você esteja dizendo consigo mesmo: Que coisa ultrapassada! Qual é o problema? Não tem nada demais. Eu posso evangelizá-lo e levá-lo para a igreja. Vai ver que essa é forma dele conhecer a Cristo! Ah! Que caretice! Isso é palhaçada! Esse tempo já passou!
Pois é, é comum ouvirmos de nossos adolescentes e jovens frases como estas. Para muitos deles não existe o menor problema em namorar um não cristão. Entretanto, o que talvez eles desconheçam é o ensino bíblico de que não devemos nos colocar em jugo desigual com os incrédulos (II Co 6.14). “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
Para Calvino, o jugo desigual era nada menos que manter comunhão com as obras infrutíferas das trevas e estender-lhes a destra de companhia. Em outras palavras isto significa estar ligado ao mesmo tempo, lado a lado na mesma canga. É a metáfora dos bois ou cavalos que têm de andar juntos, desfrutando das mesmas práticas, porque estão presos na mesma canga.
Caro leitor, escolher uma pessoa que compartilha da mesma fé e sonhos é fundamental a construção de um namoro equilibrado e saudável. Como escrevi no meu livro “Namoro.com”, o namoro deve ocorrer entre pessoas que estejam em igualdade de situações. O fato de existir discrepâncias espirituais pode proporcionar um seriíssimo problema relacional entre aqueles que se gostam.
Do ponto de visto bíblico o namoro entre não cristãos e cristãos é absolutamente desaconselhável. Paulo, ao escrever aos coríntios ordena que um cristão ao se casar, deve fazê-lo “somente no Senhor”. Obviamente isso proíbe o casamento com incrédulos e, portanto, namorá-los.
Vale a pena lembrar o que a Confissão de Fé de Westminster diz a respeito do casamento entre cristãos e não cristãos: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem os piedosos prender-se a jugo desigual por meio do casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou que mantêm heresias perniciosas”
Isto, posto, afirmo sem titubeios que uma aliança não aprovada por Deus proporciona consequências terríveis para o cristão. Como bem disse o meu amigo Mário Freitas, não existe pecadinho e pecadão e sim “Consequênciazinhas e consequêciazões”.
Pense nisso!
Renato Vargens
Fonte: Gospel+

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