A Coreia do Sul acordou esta manhã em luto com a morte do polêmico fundador da seita Moon, da Igreja da Unificação. O sul-coreano Sun-Myung Moon morreu neste domingo aos 92 anos de idade. Conhecido por unir casais em casamentos arranjados às ‘escuras’, o líder da seita que defendia a família e o trabalho como prioridade, o reverendo Moom também ficou bastante conhecido pela trajetória de graves acusações como sonegação de impostos, chegando cumprir mais de um ano de pena em uma prisão federal nos Estados Unidos.
Há um mês, o reverendo foi hospitalizado para tratar de uma pneumonia e logo depois foi transferido para um centro médico da própria seita, onde seu estado de saúde tornou-se irreversível, vindo a óbito na madrugada desta segunda-feira (horário da Coreia do Sul).
O diretor da Igreja da Unificação do Brasil lamentou o falecimento do reverendo Moon. “Meu coração está muito triste e todos os membros de nossa associação devem estar na mesma situação", declarou ao site G1, Yasushiro Ishii, diretor da igreja em Campo Grande.
Após o anúncio da morte de seu fundador, diretores da seita Unificação preparam um funeral grandioso em Gapyeong, a leste de Seul, na Coreia do Sul, onde está localizada a sede do movimento religioso.
Apesar de especialistas julgarem a estimativa de adeptos da seita exagerada, a Unificação declara ter cerca de três milhões de fieis em 200 países. No Brasil, o Reverendo Moon possuía terras no Mato Grosso do Sul e chegou a ser investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa do estado em 2002.
Todos os bens do líder religioso estão no nome da Federação Familiar pela Paz no Mundo e a Unificação, nome oficial da igreja, razão pela qual não haverá problemas de herança, relatou o G1.
A seita
A Igreja da Unificação foi criada em 1954 pelo reverendo e é baseada na doutrina do livro “Princípio Divino”. O líder é considerado o Senhor do Segundo Advendo da vinda Cristo na terra, clamando ser aquele que vai cumprir a sua missão que foi incompleta.
A igreja é proprietária de um grande império de negócios que incluem o jornal The Washington Times, Novo Hotel de Manhattan, Universidade de Bridgeport em Connecticut e hospitais na Koreia do Sul e Japão, segundo a Associated Press.
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