segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Estudo da Semana: Os quatro degraus da queda de Pedro

Texto: “Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto
 a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. 
Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que, hoje, três
 vezes negarás que me conheces, antes que o galo can-
te” (Lc 22.33, 34).

Introdução: Antes de Pedro tornar-se um apóstolo 

cheio do Espírito Santo, um pregador ungido e um líder
 eficaz, revelou sua fraqueza e chegou ao ponto de negar
 a Jesus. Pedro caiu, suas lágrimas foram amargas, mas 
sua restauração foi completa. A queda de Pedro passou 
por alguns estágios. A seguir, mostraremos os quatro de
graus de sua queda.

1. Autoconfiança 
“Ele, porém, respondeu: Senhor estou pronto a ir contigo,

tanto para a prisão como para a morte” (Lc 22.33).
Quando Jesus alertou Pedro acerca do plano de Satanás 

de peneirá-lo como trigo, Pedro respondeu que estava pron
to a ir com Ele tanto para a prisão como para a morte.
 Pedro subestimou a ação do inimigo e superestimou a si 
mesmo. Ele pôs exagerada confiança no seu próprio “eu”,
 e aí começou sua derrocada espiritual. Este foi o primeiro 
degrau de sua queda.

Estamos vivendo o apogeu da psicologia de autoajuda. As

 livrarias estão abarrotadas de obras que nos ensinam a 
confiar em nós mesmos. O cristianismo diz exatamente o 
contrário. Somos fracos e limitados. Não podemos andar escorados no bordão da autoconfiança. Precisamos mais 
da ajuda do alto do que a autoajuda.

2. Indolência 
“Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos, e os achou dormindo de tristeza, 46e disse-lhes: 

Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação” (Lc 22.45, 46).
O mesmo Pedro que prometeu fidelidade a Cristo e a disposição de ir com ele para a prisão e a morte, 

agora está cativo do sono no jardim do Getsemani no auge da batalha. Faltou-lhe a percepção da gravida
de do momento. Faltou-lhe vigilância espiritual. Estava entregue ao sono em vez de guerrear com Cristo 
contra as hostes do mal. A fraqueza espiritual de Pedro fê-lo dormir e, ao dormir, fracassou no teste da 
vigilância espiritual.

As palavras de Pedro eram de confiança, mas suas atitudes, trôpegas. Promessas desprovidas de poder

 evaporam na hora da crise. O sono substituiu a autoconfiança. O fracasso se estabeleceu no palco da 
arrogância.

3. Precipitação 
“Um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita” (Lc 22.50).
Quando os soldados romanos, liderados por Judas Iscariotes e pelos principais sacerdotes, prenderam

a Jesus, Pedro sacou sua espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. Sua valentia era carnal. 
Porque dormiu e não orou, entrou na batalha errada, com as armas erradas e a motivação errada. Pedro 
deu mais um passo na direção da queda. Ele deslizou mais um degrau rumo ao chão. Nossa luta não é 
contra carne e sangue. Precisamos lutar não com armas carnais, mas sim com armas espirituais.

Precisamos entrar nessa guerra com os olhos no céu e os joelhos no chão. Precisamos despojar-nos 

da autoconfiança para recebermos o socorro que vem do alto.

4. Seguia a Jesus de longe
“Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe” 

(Lc 22.54).
Depois que Cristo foi levado para a casa do sumo sacerdote, Pedro mergulhou nas sombras da noite e 

seguia a Jesus de longe. Sua coragem desvaneceu. Sua valentia tornou-se covardia. Seu compromisso de
 ir com Jesus para a prisão e a morte foi quebrado. Sua fidelidade incondicional ao Filho de Deus começou 
a enfraquecer. Não queria perder Jesus de vista, mas também não estava disposto a assumir os riscos de
 sua ligação com Ele.

Ainda hoje há muitos crentes seguindo Jesus de longe. Ainda guardam certo temor de Deus, mas ao mesmo

 tempo anestesiam a consciência vivendo em práticas erradas. Dizem-se seguidores de Cristo, mas seus pés
 estão fincados nas sendas sinuosas que desviam do caminho da verdade. Dizem amar a Deus, mas suas
 atitudes e obras provam o contrário. Estão na igreja, mas ao mesmo tempo, estão no mundo. Frequentam 
os cultos, mas o coração está longe do Senhor.

Conclusão: Ao olharmos para a vida de Pedro, estamos diante do espelho. Muitas vezes somos como

 Pedro. Mostramos autoconfiança, não oramos, somos precipitados e, seguimos Jesus de longe. Todavia,
 não podemos perder o foco. O Eterno não desiste de nós, assim como não desistiu de Pedro. Como diz 
o lindo cântico: “Eu quero voltar ao primeiro amor”! Que seja assim, para a glória Dele. Amém!


Pr. Marcelo Oliveira

Fonte:  Núcleo de apoio Cristão-Igreja Monte Sião

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