Israelenses descobrem templo e objetos de culto de 3.000 anos
Os vestígios datam do século 9 ou 10 a.C, na época do Primeiro Templo em Jerusalém. Arqueólogos israelenses descobriram um templo e objetos provavelmente utilizados em práticas religiosas de idolatria há mais de 3.000 anos, anunciou nesta quarta-feira (26) o Departamento Israelense de Antiguidades. Os vestígios foram descobertos em Tel Motza, a alguns quilômetros de Jerusalém, durante as escavações arqueológicas realizadas antes do início das obras na estrada entre Jerusalém e Tel Aviv. "O local de culto de Tel Motza é uma descoberta surpreendente e inesperada, porque não há praticamente nenhum vestígio de locais de culto para o período do reino da Judeia", declararam os diretores das escavações em um comunicado. Esta descoberta é uma evidência rara das práticas religiosas fora de Jerusalém durante a antiga monarquia do reino judeu da Judeia, disse à AFP Eirikh Anna, que co-dirigiu as escavações. Este reino foi criado após a morte do rei Salomão, que causou um cisma entre as doze tribos de Israel, 10 delas formaram o novo Reino de Israel (no norte), enquanto os de Judá e Benjamin reuniram-se em torno de Jerusalém para construir o reino de Judá. Os vestígios datam do século 9 ou 10 a.C, na época do Primeiro Templo em Jerusalém. Eles sugerem que os judeus da época mantinham práticas idólatras religiosas paralelas à prática dominante do judaísmo no templo de Jerusalém, considerou Eirikh. "É muito interessante ver esses objetos religiosos e este templo tão perto de Jerusalém", acrescentou, ressaltando o caráter "maciço" do altar e dos muros do templo de Tel-Motza. Diversos objetos foram descobertos nas proximidades, principalmente cerâmicas, fragmentos de cálices e estatuetas de homens e animais, incluindo um cavalo.
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